Em destaque um dos fatos mais marcantes na história do nosso esporte: A conquista da medalha de ouro no Pan de 1987.
No dia 23 de agosto de 1987, a seleção brasileira de basquete masculina chegava como franca atiradora na final de Indianápolis contra os donos da casa, os poderosos EUA. O Dia que entrou para a história do basquete mundial! O imbatível "team" de basquete norte-americano era derrotado pela primeira vez na história dentro da sua própria casa!
Uma partida inesquecível, com um placar de cinco pontos de diferença: 120 a 115. Oscar e Marcel, individualmente estavam inspirados, ambos marcaram 77 dos 120 pontos do Brasil (46 e 31 pontos, respectivamente), com direito a várias cestas de três pontos determinantes para essa vitória, com muita raça e propriedade sobre a técnica e a soberba dos americanos.
Não podemos desconsiderar as conquistas mundiais no Chile, em 1959 e em casa, 1963. Mas, sem dúvida esse feito foi heróico para Geração Oscar, diria o mais importante pela forma como as coisas aconteceram e a situação totalmente adversa. O jogo que entrou para a história do basquete mundial.
No final do jogo, a imagem que jamais sairá da nossa memória: Oscar(o Mão-Santa), cestinha do jogo ao lado de Marcel, chorava copiosamente como um menino, não acreditando(talvez!)no que tinha ocorrido.
CURIOSIDADES:
- Após essa conquista, houve uma revolução no basquete mundial, principalmente nos EUA. Com a primeira derrota em casa, os EUA, promoveram uma invasão da NBA, tornando o esporte até então universitário em algo ''profissional'', transformando o esporte olímpico e amador na maior profissionalização de esporte que se tem conhecimento. Os EUA colecionavam 64 vitórias em 66 anos de jogos panamericanos até aquele momento, a maior derrota da sua história.
- Esse fato até chocou o país, chegando, inclusive a ganhar o noticiário com direito até foto de primeira página no “New York Times” e reportagens nas revistas Sports Illustrated e Time.
- O Brasil jogou com: Guerrinha, Marcel, Oscar, Gérson, Israel, Paulinho Villas-Boas, Rolando, Cadum e Pipoca. Técnico Ary Vidal. Esse time fez o país inteiro chorar de emoção, me lembro bem. E até hoje, nunca mais tivemos uma outra seleção tão brilhante, competitiva e talentosa.
É isso aí pessoal, já fomos o País do Basquete...tempos de orgulho e glória do esporte nacional.
Abraços e até a próxima memória autobâhnica oitentista!