A música New Age começou na década de 60 junto com o movimento filisófico-espiritual de mesmo nome. O movimento New Age teve início na segunda metade do século 20 e foi fortemente influenciado por alguns cientistas e filósofos dos séculos 18 e 19. É uma filosofia de vida que mistura elementos espirituais, astrológicos, filisóficos e científicos e seus seguidores acreditam que o corpo, a mente e o espírito estão interligados. É um movimento que valoriza a espiritualidade livre, sem dogmas ou sacerdotes representantes. Há quem acredite que New Age tem algo de satânico, rs.
Justamente por fazer parte desse movimento, a música New Age tem como objetivo relaxar, trazer inspiração e energia positiva, aguçar os sentidos, despertar sentimentos de harmonia e paz. Por isso é muito usada na meditação. Se caracteriza também pelo uso de instrumentos como harpa, violino, flauta, teclados e até sintetizadores, além de sons da natureza.
Mas o estilo ganhou popularidade na década de 80 com musicos como Enya. Suas músicas são otimistas e nos trazem sensação de bem-estar, de conforto, da vontade de meditar mesmo, rs. Bem típico do New Age. Seus álbuns mais conhecidos são o segundo, Watermark, com a música como "Orinoco Flow" e "Caribbean Blue" que pertence ao terceiro álbum, "Sheperd
Moons" o qual ganhou um Grammy.. Mesmo quem não conhece muito bem o estilo conhece as músicas desse álbum, principalmente essas duas. Um de seus álbuns, o Shepherd Moons, lhe rendeu o Grammy de "Melhor Álbum New Age".
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Outro nome de grande peso é Jean Michel Jarre. Vindo de uma família de músicos experientes, sua carreira teve início na década de 70. Na década de 80 já era um músico bem conhecido e polêmico. Seu pai, Maurice Jarre, venceu 3 Oscars e compôs a trilha sonora de mais de 150 filmes, entre eles "Dr. Jivago" e "Lawrence da Árabia". Seu avô, Andre Jarre, tocava Oboé e era engenheiro musical. Está explicado porque é um musico tão excelente e criativo. Ganhou diversos prêmios, muito merecidamente por sinal, e teve vários recordes homologados pelo Guinness Book. Embora parte de seu trabalho seja considerado New Age, acho que seu estilo se encaixa mais como música eletrônica e experimental. Para dizer a verdade acho um pouco difícil classificar a música de Jean Michel Jarre, acho que ele tem um estilo muito próprio. Na verdade não existe nada igual.
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Loreena McKennitt é um nome que deve ser citado também. Nascida em uma zona rural do Canadá, filha de uma enfermeira e um comerciante de gado, Loreena sempre teve interesse pela música e quando teve contato com a música celta, no final dos anos 70, se descobriu completamente atraída por essa rica cultura. Lançou seu primeiro álbum em 1985 e, embora seja mais voltada para musica celta, é considerada um grande nome da música New Age. Como suas músicas falam muito sobre mitos e tradições populares, a cantora mistura elementos de cultura celta e música erudita, utiliza instrumentos folclóricos como flautas e harpas ao mesmo tempo que utiliza recursos eletrônicos obtidos através de sintetizadores.
Apesar de ter começado em 1990, não podemos deixar de falar do Enigma. Criado pelo alemão Michael Cretu, Enigma é o projeto de New Age mais fiel ao estilo. Além de usar os instrumentos típicos, Michael também utiliza trechos de canto gregoriano, o que dá uma conotação mais mística e "enigmática" ainda. Suas músicas são bem elaboradas, tanto a letra quanto a melodia. São bem relaxantes e nos dão sensação de bem-estar. Assim como acontece quando ouvimos Enya, ouvir Enigma dá vontade de meditar, rs. A maior parte do vocal feminino é feito por sua esposa, Sandra. Quem não se lembra de "(I'll Never Be) Maria Magdalena"? Um projeto recente e que foi bem influênciado pelo Enigma, é o Era, craido pelo francês Eric Lévi. Também é bom, mas é o lado mais "pop" do New Age, rs.