Baseado no best seller de Stephen King, Christine – O Carro Assassino retrata a história de um carro amaldiçoado,
um Plymouth Fury 1958. Logo no início do filme, ainda na linha de montagem, um funcionário da fábrica é encontrado morto
dentro do carro, isto porque ele jogou cinzas de cigarro no banco de Christine (carros em inglês geralmente têm nomes femininos), já
nos deixando bem claro o quanto ela é temperamental e vingativa.
Quem menos espera ter esse carro em sua vida é o adolescente Arnie, um típico nerd, magrelinho, tímido,
fracote, de poucas amizades e super controlado pelos pais, que tem uma vida pacata até que um belo dia ao voltar da escola com seu melhor amigo
Dennis, visualiza Christine em um quintal de uma casa de beira de estrada, manda o amigo parar o carro e encontra Christine abandonada, mal cuidada,
logo se sente atraído por ela. O dono da casa, um senhor de idade, conta que Christine pertencia ao seu irmão, obcecado pelo carro e
que este tinha falecido há pouco tempo. Sem medir esforços, Arnie gasta todas as suas economias e a compra, lógico que essa aquisição
gerou fúria em seus pais, que esperavam que o jovem empreendesse seu rico dinheirinho em seus estudos na faculdade e como punição
não permitiram que ele guardasse Christine em casa. Mesmo assim Arnie não desanimou e tratou de guardá-la num ferro-velho bem
tosco e aproveitou para trabalhar lá mesmo para poder consertar Christine e deixá-la bem bela e formosa, reformando-a aos poucos, usando
uma peça que sobrava aqui, outra acolá...
Arnie vai se tornando tão obcecado com Christine que muda radicalmente seu visual e comportamento, antes um rapaz educado, agora
rebelde contra os pais, contra o melhor amigo e de qualquer um que fale mal de seu precioso carro.
Surpreendentemente, conquista a garota mais bonita da escola, talvez por ter adquirido uma alta confiança absurda e coitada dessa moça
(a cena que Leigh fica engasgada dentro do carro seria trágica se não fosse tão cômica diante e suas caretas), pois Christine
é extremamente ciumenta e possessiva, tentando eliminar todos que se aproximam de seu dono ou que tentam prejudicá-lo. Como o caso de
uma gangue que perseguia Arnie na escola e por conta disso tomaram advertência do diretor e prometeram se vingar de Arnie. Entrando de madrugada
na oficina e destruindo Christine, mas de nada isso adiantou, pois Christine se reconstruiu sozinha (aliás uma cena fascinante inclusive nos
dias de hoje) e exterminou um a um os bad-boys do filme, fazendo a polícia desconfiar de Arnie.
FICHA
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"Christine - O Carro Assassino "
Título original: "John Carpenter`s Christine / Christine"
EUA, 1983, 110 minutos.
Keith Gordon - Arnie Cunningham
John Stockwell - Dennis Guilder
Alexandra Paul - Leigh Cabot
Robert Prosky - Will Darnell
Harry Dean Stanton - Rudolph Junkins
Christine Belford - Regina Cunningham
Roberts Blossom - George LeBay
William Ostrander - Buddy Repperton
David Spielberg - Sr. Casey
Malcolm Danare - Moochie Welch
Direção: John Carpenter
Produção: Barry Bernardi, Larry Franco e Richard Kobritz
Roteiro: Bill Phillips, baseado no livro "Christine" de Stephen King
Edição e Montagem: Marlon Rothman
Fotografia: William A. Fraker, Douglas Slocombe e Vilmos Zsigmond
Trilha Sonora Original: John Carpenter e Alan Howarth
Direção de Arte: William J. Durrell Jr
Estúdio: Columbia Pictures Corporation / EMI Films Ltd.
Efeitos Especiais: Roy Arbogast e Mike Reedy
Distribuição: Columbia Pictures / Sony Pictures Releasing
Genero: Terror
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Diante das atitudes bizarras de Arnie e de Christine (cujo rádio ligava sozinho e tocava músicas dos anos 60 conforme seu estado de espírito), sua namorada Leigh e seu melhor amigo Dennis suspeitam que o carro seja sobrenatural e se unem para enfrentar Christine e salvarem Arnie dessa terrível maldição num surpreendente final deixando as portas abertas para uma possível sequência...
Christine é um filme interessante, bem dirigido, com excelentes efeitos especiais (levando-se em conta que na época não
existiam os recursos cinematográficos atuais), vale a pena conferir esse clássico do terror que não cansava de ser exibido pelo
SBT na década de 80.
Curiosidades
- King, um preguiçoso confesso em matéria de pesquisa para seus livros, criou um Plymouth Fury 1958 vermelho Ford e
quatro portas. Mas, o detalhe que lhe escapou, esse modelo só existiu em cor amarelo-banana e em versão duas portas! A explicação
de King para a cor, foi de que Roland Le Bay encomendou o carro naquela cor específica; quanto а quantidade de portas do veículo...
- O Papel de Arnie foi oferecido para o ator Kevin Bacon, que acabou recusando para trabalhar no filme Footloose.
- Para fazer o filme, foram destruídos por volta de 13 a 16 Plymouth Furys, dos 25 que foram utilizados. Como esse modelo teve apenas 5.300 unidades construídas na época, eles são objeto de colecionador. A solução foi substituir alguns dos modelos a serem destruídos por Dodges Belvedere, muito semelhantes aos Plymouth, exceto por alguns detalhes como grade do radiador e cromados da carroceria. De qualquer maneira, os fãs do carro ficaram enfurecidos e até hoje se negam a comentar sobre o filme ou o livro.