Uma menina com uma grande imaginação, um 
        bebê e... David Bowie! Labirinto é um dos clássicos 
        filmes para meninas e meninos que sonham com monstros, duendes e castelos 
        fantásticos, ou que gostam de uma boa música (afinal, a 
        trilha sonora fez tanto sucesso quanto o filme). 
         
        Sarah é uma garota sonhadora, que vive entediada em sua vida normal, 
        tendo que aturar a madrasta, o irmão mais novo e todas as coisas 
        chatas e comuns que ela tem que fazer todos os dias. Por isso, ela se 
        refugia em sua imaginação. Um dia, cansada dos choros do 
        menino, ela resolve seguir a “receita” de um de seus livros 
        preferidos: “Labirinto”. Pede aos duendes que levem seu irmão 
        para longe, bem longe. Mas é claro que ela não esperava 
        que desse certo. A campainha toca, e é Jareth (David 
        Bowie), o rei dos duendes, que leva eo menino para o seu reino (duendes 
        ou goblins? Algum nerd de plantão pode ajudar com a tradução?). 
         
         
        Para salvar o irmão, Sarah precisa encontrar a saída de 
        um labirinto e passar por vários obstáculos, que envolvem 
        seres fantásticos: duendes, fadas, guardas de portas que falam 
        por meio de charadas (que devem ter sido inspirados em Alice no País 
        das Maravilhas). Por fim, ela chega ao castelo de Jareth, que fica no 
        centro do labirinto. Mas é então que ela descobre que aquele 
        duende charmoso está apaixonado por ela! A trama se complica. Mas, 
        como em todos os contos de fada, a mocinha volta para casa sã e 
        salva com o irmãozinho.  
         
        Tudo acaba bem, tão bem que... teria sido um fruto da (fértil!) 
        imaginação de Sarah? Sabe como é: em sonhos, nada 
        se cria, tudo se copia. E no quarto da garota, podemos ver de onde surgiu 
        a “inspiração” para os personagens da história: 
        ela tem um bichinho de pelúcia que parece com o Sr. Dydimus, uma 
        boneca que parece com Ludo... até a roupa de Jareth está 
        lá, em sua escrivaninha. O vestido que ela usa no baile é 
        o mesmo da boneca da caixinha de música. O labirinto é parecido 
        com um jogo que ela tem. O quarto de ponta-cabeça na cidade dos 
        duendes é inspirado numa gravura de Escher que Sarah tem pendurada 
        em seu quarto. Hum... imaginação ou não, é 
        bom de acreditar na história. Faz qualquer menina sonhar em ser 
        princesa, de novo.  
         
         Camaleão 
        O cantor-ator-diretor-produtor (sim, ele já fez um pouco de tudo!) 
        David Bowie está perfeito como Jareth, o rei dos duendes. Ele canta, 
        interpreta e tem o jeito lânguido e sinistro que seria de se esperar 
        de um rei fantástico, além da cabeleira muito, muito 80, 
        muito Bowie. Mas por incrível que pareça, ele não 
        foi a primeira opção do diretor para o papel: na fila estavam 
        Sting e Michael Jackson (!). Sorte a nossa que o escolhido foi o camaleão 
        do rock: bom para o filme, ótimo para a trilha sonora e melhor 
        ainda para a segurança das criancinhas do elenco.  
         
        Aliás, Bowie faz mais do que o papel de Jareth: na música 
        “Magic Dance”, ele faz a voz do garoto. Ele também 
        aparece no álbum de Sarah, como um dos namorados da falecida mãe, 
        que era atriz. Como ator, foi o décimo quinto filme de Bowie (veja 
        aqui o fantástico "Fome de Viver", 
        de 1983, em que ele faz um vampiro ao lado de Catherine Deneuve).  
         
        Mas ele não é o único polivalente da equipe: Jim 
        Henson, que dirige o filme, também participa manipulando os bonecos. 
        Hum. "De onde eu conhece esse nome?" Henson é o criador 
        dos Muppets e dos bonecos da Vila Sésamo. Aliás, falando 
        em infância: alguns duendezinhos do filme não são 
        a cara da "comida" da Família Dinossauro? Apesar de multifuncionalidade 
        de Henson, quem leva o crédito pelo filme na capa do DVD é 
        George Lucas, cuja participação nem foi tão grande 
        assim (o que é que faz um produtor-executivo, afinal?). Mas tudo 
        bem, afinal... ele criou Star Wars.  
         
        Da Jennifer Connelly você deve ter ouvido falar bastante, há 
        alguns anos: ela ganhou o Oscar e um Globo de Ouro em 2002 por “Uma 
        Mente Brilhante”. Aliás, a moça não mudou quase 
        nada dos 16 anos pra cá: ainda está linda. A Jennifer continua 
        a mesma, mas o David Bowie...   |