Filmes
Monty Python em Busca do Cálice Sagrado


Em Busca do Cálice Sagrado foi o primeiro longa do grupo. E com certeza o melhor! Lançado em 1975, foi dirigido por dois dos integrantes de Monty Python: Terry Gilliam e Terry Jones. Terry Gilliam dirigiu filmes como "Medo e Delírio" e "Os 12 Macacos, além de estar no ranking dos 100 melhores diretores.

A história se passa na Inglaterra durante a Idade Média. Tudo começa quando o Rei Arthur resolve procurar cavaleiros que queiram se juntar a ele para formar o grupo dos Cavaleiros da Távola Redonda. Depois de formado, o grupo recebe a missão divina de procurar e proteger o Santo Graal. E já que a jornada é longa, Rei Arthur resolve dividir os cavaleiros em quatro grupos, sendo um deles liderado por ele mesmo. Todos passam por vários obstáculos, enfrentando lutas e até mesmo a morte.

FICHA

"Monty Python em Busca do Cálice Sagrado"
Título original:
"Monty Python and the Holy Grail"
Inglaterra, 1975, 91 minutos.

Elenco:
Graham Chapman

John Cleese
Eric Idle
Terry Gilliam
Terry Jones
Michael Palin
Connie Booth
Carol Cleveland
Neil Innes
Bee Duffell
John Young
Rita Davies
Avril Stewart
Sally Kinghorn
Mark Zycon

Direção: Terry Gilliam e Terry Jones
Assistente de direção: Gerry Harrison
Roteiro: Graham Chapman, John Cleese, Terry Gilliam, Eric Idle, Terry Jones, Michael Palin
Produção: Mark Forstater, Michael White
Produção Executiva: John Goldstone
Figurino: Hazel Pethig
Edição: John Hackney
Efeitos Especiais: John Horton
Estúdio:Sony
Distribuidora:Sony


Genêro: Comédia

O filme é hilário desde a primeira cena. Já que o Rei Arthur e seu ajudante não têm cavalo (aliás, nenhum dos cavaleiros tem), carregam durante toda a jornada duas metades de coco que eles usam para imitar o barulho do trote do animal (genial!).

Uma das minhas cenas preferidas é a cena em que eles chegam à Ponte da Morte. Para atravessar a ponte cada um deve responder três perguntas feitas pelo guardião da passagem (um velho feiticeiro completamente maluco). As perguntas são as mais absurdas, rs. Desde “qual é a sua cor preferida?” até “qual a capital da Assíria?” ou “qual a velocidade de uma andorinha sem carga?”. Em várias cenas do filme eles fazem comentários sobre a velocidade das andorinhas (um dos detalhes que mais gosto).

Outra cena muito boa também é a cena em que Arthur duela com o Cavaleiro Negro. O rei corta os braços e as pernas do cavaleiro e mesmo assim este não se dá por vencido, e quando o rei vai embora o cavaleiro o chama de “amarelão”, rs.

Os efeitos especiais são muito mal feitos e acho que é isso que torna o filme melhor ainda. A cena mais tosca é a do coelho assassino, rs. Outro detalhe genial é o uso de animação no início e no meio do filme. O que, aliás, eles fizeram também nos filmes seguintes. Apesar de ter uma produção bem simples, pois o orçamento era muito baixo, o filme conseguiu atingir seus objetivos: criticar a sociedade medieval e nos fazer rir (e muito).

O grupo faz várias críticas, como por exemplo, ao sistema monárquico, a Igreja e a inquisição com a “caça às bruxas”, a disputa de terras entre ingleses e franceses, a colonização da Escócia, além de várias outras. E algumas das cenas, como a cena em que tentam provar que uma mulher é bruxa, não fogem muito da realidade da época, pois os métodos usados eram tão absurdos quanto os usados no filme.

Esse é um dos melhores filmes de gênero! É o tipo de filme que todo mundo tem que conhecer. Aliás, adoro tudo o que o Monty Python faz! Já assisti milhares de vezes e todas às vezes dou risada como se fosse a primeira, rs.

 

Natascha Coelho