Ano novo! Que tal uma viagem no tempo? E se você pudesse viajar no tempo para comemorar o ano novo em 1987? Sem poder transmitir os fogos para os amigos em videos ao vivo pelo facebook? Sim já vivemos sem ficar vendo o celular na hora do almoço...
“Você também sobreviveu aos anos 80 sem celular, sem internet, computador, impressora, sem Google, sem Wikipedia, sem streaming, video online, MP3?”
“herói”, muuuuuito mais que os BBB’s segundo o Pedro Bial (credo)...
Google?
Wikipedia?
Lycos?
Esqueçam!!!
Todos os anos na escola haviam as pesquisas que precisávamos fazer: sobre o padre José de Anchieta, sobre o Descobrimento do Brasil, sobre a fauna, sobre a flora, sobre o petróleo, sobre geografia, enfim... era muito comum e freqüente.
E NÓS CONSEGUIMOS!!!
Sem Google, sem Wikipedia, sem nenhum recurso tecnológico, nossas fontes de pesquisa eram as famosas enciclopédias.
Os amigos mais abastados tinham Barsa ou Mirador, os menos tinham no máximo a Novo Conhecer.
Enquando a Novo Conhecer era publicada pela editora Abril, e comprada em fascículos, e de um papel mais comum, a Barsa e a Mirador (que eu me lembre) eram vendidas já “montadas”, e o material das folhas era mais nobre, diretamente associadas ao preço da mesma.
E também, o preço maior da Barsa e da Mirador era justificado pelo maior conteúdo (ambas tinham mais volumes em comparação à Novo Conhecer).
Independente da fonte, “salvaram-se todos”, quer dizer, todo mundo conseguia fazer seus trabalhos.
Sem o famigerado “CONTROL C, CONTROL V” de hoje em dia, os trabalhos exigiam mais atenção nossa para ler e filtar o conteúdo para que o trabalho ficasse bom, sem enrolação, até porque precisávamos copiar quase tudo à mão, salvo uma figura ou outra que era colada (depois de uma cópia xerox, no máximo, em preto e branco)
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2. Reproduzir
E quando os trabalhos exigiam mais de uma via, fosse para entrega também para a professora, fosse para também cada integrante do grupo (incluindo aqueles que só faziam número), como você se virava?
Se não havia computador, também não havia impressora.
Então o jeito mais eficiente e rápido era usar a máquina de escrever.
É isso aí pessoal, sempre é muito bom recordarmos desses anos maravilhosos da nossa infância, então que tal matar saudade das nossas músicas preferidas sábado no Autobahn!
No começo errávamos muito e o jeito era usar corretivo ou começar “do zero” novamente aquela página.
E como o uso era muito freqüente, teve aquela leva de amigos que fizeram curso de datilografia na mesma época que você.
3. Ligações Telefônicas
mIRC?
ICQ?
Messenger?
Skype?
Lync?
Whattsapp?
Faz me rir, nem sinal de fumaça... naquela época ou a família tinha telefone em casa, ou íamos até um prédio da Telesp para telefonar ou comprar fichas telefônicas e usar os orelhões na rua.
Se a ligação fosse dentro da cidade, usávamos o “orelhão” laranja, usando um tipo de ficha, comprada em cartelas.
Se a ligação fosse para outra cidade, o chamado interurbano, usávamos o orelhão azul, e a ficha era outra (denominada DDD, para Discagem Direta à Distância), mais cara. No começo errávamos muito e o jeito era usar corretivo ou começar “do zero” novamente aquela página.
E como o uso era muito freqüente, teve aquela leva de amigos que fizeram curso de datilografia na mesma época que você.
4. Músicas
Sem idéia alguma de que no futuro teríamos streaming, MP3, iPod, downloads, para você ouvir as músicas que mais gostava a qualquer hora, tinha que ficar “pendurado” no rádio até o locutor soltar a música e você soltar o PAUSE do seu 3 em 1 ou do seu rádio gravador.
Agora, eu queria “morrer” quando o locutor entrava no meio da música para falar alguma coisa ou quando a fita estava quase no final no meio da gravação. E era de praxe em quase todas as rádios... excetuando-se alguns poucos programas que tocavam músicas não lançadas no Brasil, como o Novas Tendências de José Roberto Mahr, o Rock Sandwich do Kid Vinil e New Musik do Erik Heibel, praticamente todos os programas o locutor falava por cima da música ou ainda aquelas vinhetas das rádios em cima de todas as músicas.
5. Filmes
Você achou que o “sofrimento” nosso, “heróis sobreviventes” dos 80 havia terminado? Que teríamos sido agraciados com algum ancestral do Netflix?
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Não antes de devolvermos a fita... (risos).
Lembram-se de qual era o esquema das locadoras e das fitas VHS e Betamax?
Íamos na locadora retirar o filme, porém tínhamos que rebobinar a fita antes de devolvê-la, senão era multa na certa.
Se tudo corria bem, você fica tranqüilo, mas também corríamos o risco de quando a fita era rebobinada muito rapidamente e a mesma desenrolava dentro do videocassete.
Ééééé, meus caros, vida difícil foi a nossa...
Se você sobreviveu a tudo isso e lembra com saudades como eu, VOCÊ SIM É UM HERÓI ! E SEM NENHUM SUPERPODER!
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