Nas festinhas de aniversario, nos bailinhos de garagem, depois das refeições, na hora do recreio, ou mesmo para adoçar a vida durante as aulas mais entediantes, as balas sempre estiveram em nossos bolsos durante a infância e adolescência. Se fosse saborear uma em frente à turma, era bom que tivesse várias para distribuir, pois ninguém acreditava no “é a ultima”.
Vamos relembrar algumas marcas que produziram essas delicias nos anos 80 e outras mais antigas, mas que continuaram reinando em nossa década mais querida.
Soft
Facilmente lembrada pela embalagem em plástico transparente, que destacava a coloração das balas e chamava a atenção da criançada.
Além do apelo visual, o sabor também agradava em cheio, porém, a bala Soft era muito lisa e podia facilmente escorregar para a garganta da criança (inclusive deste que vos escreve), o que gerou vários relatos de crianças engasgadas Brasil afora.
Apesar de diversos boatos terríveis, nunca foi confirmado um caso de óbito gerado pela chamada “bala assassina”. Mas devido a varias situações de risco, o formato original arredondado com relevo foi proibido.
Na virada para a década de 90 ela voltou ao mercado em formato quadrado.
De vez em quando aparecem memes nas redes sociais, se referindo a quem viveu a infância nos anos 80, como sobreviventes da bala Soft.
E vai dizer que é mentira?
Kleps
Nem sempre o sabor era o fator determinante na escolha de uma bala, a Kleps, chamava a atenção pelo formato de tirinhas. Na embalagem tinha a palavra “fita”, por isso eram muitas vezes chamadas de bala de fita ou bala de tirinhas.
Eram feitas em sabores sortidos, e acompanhadas com desenhos individuais, sendo cada desenho, um sabor diferente. Quando estava muito calor, a tinta da embalagem chegava a sair na mão.
As balas Kleps eram facilmente encontradas penduradas em mercados, mercearias e costumavam ser incluídas nas sacolinhas de São Cosme e Damião.
Sugus
Sugus “o pedaço mais gostoso da fruta” eram balas de caramelos criados pela empresa Suiça Suchard e seu nome é derivado do verbo suge (do escandinavo = chupar). Era vendida de 2 formas: embalagem parecida com a de drops ou num pacote maior com sabores diversos como Laranja, abacaxi, morango e framboesa.
Essas balas eram cuidadosamente embaladas 2 vezes, sendo uma embalagem relacionada a marca e outra para proteção.
Pez
Outro clássico das guloseimas oitentistas, Além de serem deliciosas, essas pequenas pastilhas retangulares, vinham dentro de dispensadores no formato de personagens dos filmes e desenhos animados mais populares da época, como Looney Tunes e Star Wars.
Os apreciadores da bala Pez costumavam fazer coleções dessas embalagens temáticas.
Apesar de ainda ser bem sucedida no exterior, ela não é mais comercializada no Brasil, para tristeza dos saudosistas.
Chita
Chita foi a primeira bala mastigável do Brasil, sendo criada em 1945 pelo espanhol João Rucian Ruiz, responsável pela receita e pelo desenvolvimento do maquinário de produção. Ela teve seu nome inspirado na macaca do filme Tarzan, já que seu criador era um grande fã das aventuras do homem macaco.
Atravessando décadas e se mantendo popular nos anos 80, a bala Chita entrou no mercado com o sabor abacaxi, tinha coloração branca e embalagem amarela com a ilustração de um simpático macaco.
Além de outras opções de sabores, como a de uva, também foi lançada a versão da bala Chita em drops, essa já não foi tão bem recebida pelo publico.
Gotas de Eucalipto Alabarda
As gotas de Pinho Alabarda eram balas sabor eucalipto cobertas de açúcar cristalizado que vinham em embalagens verdes. A famosa bala do saquinho verde.
Além de serem refrescantes e melhorarem o hálito (prepararam o terreno para o primeiro beijo de muita gente) elas também tinham como apelo comercial, umas figurinhas que traziam frases reflexivas, o que agradava em cheio o publico adolescente.
Mentex
A bala Mentex, também começou a ser comercializada nos anos 40 e 50 e se manteve firme no mercado para fazer nossa alegria na década de 80.
Com sabor de menta e recheio mastigável, além de saborosas eram bem refrescantes e uma ótima opção para deixar o hálito agradável no cinema, na balada ou mesmo nas festinhas de garagem.
Eram embaladas em uma caixinha amarela e as pessoas tinham o hábito de balançar a caixinha pra ver se estava acabando.
Juquinha
Capitaneada pelo empresário português Carlos Maia, as balas Juquinha começaram a ser produzidas na década de 50, a embalagem do produto trazia o desenho do rosto de um garoto loiro sorrindo. A cor da embalagem variava de acordo com o sabor.
As balas Juquinha que saboreamos nos anos 80, com seus diversos sabores de frutas, já estavam sob direção do empresário Italiano Giulio Luigi Sofio que comprou a empresa em 1979 e ampliou os negócios chegando até a exportar para os EUA.
Com ou sem balas no bolso e na bolsa, sábado é dia de curtir o melhor da década de 80 no projeto Autobahn, até lá!
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