Olá notívagos de plantão!
Fomos presenteados mais uma vez com um espaço aqui no nosso Projeto Autobahn, em comemoração ao 5º aniversário do 80’s Club, A PRIMEIRA CASA ANOS 80 DO BRASIL aproveitamos para falar das influências do 80's Club, desta vez as principais casas noturnas de Berlim nos anos 80, que assim como outras da Bélgica e Inglaterra, contribuíram fortemente como influência para o estilo musical da primeira casa anos 80 deste lado do Atlântico.
Berço de lendárias, únicas e eternas referências como Kraftwerk, XMal Deutschland, Alphaville, Scorpions, Wolfsheim, Milli Vanilli, Neu!, Bonney M., Sandra, Camouflage, Modern Talking, Snap!, entre outras, estas bandas, cantoras e cantores se solidificaram como pilares de sustentação da música dos anos 80.
SO36
Logo de cara você pode perguntar: “Por que SO36 ?”
Um dos melhores e mais antigos nightclubs de Berlim!
O nome da casa foi pensado exatamente com o propósito de lembrar o público a respeito de sua localização: antiga designação do CEP de Kreuzberg, um bairro multicultural por excelência, e que abriga a comunidade turca de Berlim.
Daí a abreviação “SO” (Süd-Ost, sudeste).
A região é muito conhecida desde há muito tempo como berço do movimento punk alemão, bem como de outros movimentos alternativos.
Obviamente no início a SO36 focou fortemente nesse estilo, o que mais tocava na casa dur
ante a década de 70, mas que com o passar do tempo agora se dança principalmente ao som de HipHop, CrossOver e Techno.
Pela pista de dança, já passaram ninguém menos que ícones do pop rock como David Bowie e Iggy Pop, freqüentadores assíduos do local quando a cidade ainda estava dividida pelo muro.
As portas costumam abrir cedo, normalmente entre 18h e 21h.
S.O.U.N.D. era o nome desse clube em Berlim que referia-se a si mesmo nas décadas de 1970 e de 1980 como o templo da "discoteca moderna na Europa".
Por causa da tecnologia, pelo menos na década de 1970 era.
Sua data de abertura é incerta, dizem que entre 1969 e 1971, com o nome inicial de CENTRUM 2000 (era vitaminada já ????).
Em 1975, entre outras coisas, a casa já possuía projeções a laser, uma máquina de fumaça e um dispositivo de gravação de vídeo profissional.
O carimbo que você recebia na entrada (como aqui no Brasil), era visível somente sob luz negra.
Era um lugar bonito e interessante: eles tinham uma sala extra com saídas com energia elétrica e de áudio diretamente da mesa de som, de forma que qualquer freqüentador podia vir com sua fita cassete e gravar o set da noite, além de um monitor que mostrava a capa do disco que estava tocando.
Na casa tocava normalmente rock progressivo e também música experimental.
Mas o grau de popularidade teve realmente um aumento significativo pelo livro “Nós Crianças de Bahnhof Zoo”, de Christiane F. (nome verdadeiro Vera Christiane Felscherinow), porque além de citar, aos 13 anos Christiane começou a frequentar a S.O.U.N.D., "a discoteca mais descolada da Europa".
Ali conheceu Detlev (seu futuro namorado) além de Axel, Babsi, Atze, Bernd e Stella, entre outros.
Devido a essa conexão direta entre a casa a Christiane, parte do filme foi rodada na própria discoteca.
A cena da noite de Berlim foi atraída mais uma vez pela S.O.U.N.D. pela presença de famosos como Mick Jagger e David Bowie, que visitaram a casa noturna, o que fez com que emissoras de TV mostrassem interesse repetidas vezes na casa.
Os tempos áureos da S.O.U.N.D. chegaram ao fim por um incêndio em 1988.
STRATUS DANCE CLUB
Entre as mais disputadas e frequentadas baladas da época em Berlim, podemos destacar a Stratus.
Era uma casa com um visual bem dark, pelas fotos que conseguimos resgatar, percebe-se ainda as instalações muito simples, pouca iluminação.
Bem, por um lado criava-se um clima mais intimista, convidando as pessoas para um relacionamento mais próximo, "well", por outro, um tanto quanto tétrico, mas nada que assustasse o público.abinhas, além da exibição de filmes de arte, em um ambiente completamente dark, com direito a cortinas vermelhas e candelabros.
Não é difícil encontrar vídeos na internet mostrando apresentações de habituès da casa em performances mostrando ao fundo cadeiras empilhadas, entre outros detalhes.
Importante mesmo de se destacar é que a casa era aberta a muitos estilos e gêneros, onde se podiam encontrar pessoas com um visual considerado "normal", mas também pessoas mais descoladas, com topetes nas alturas, entre outras bizarrices...
Na pista, que é o que interessava mesmo, tocavam muitos estilos da época, como Synthpop, Punk Rock, Hi-NRG, New Wave, entre outros... Technopop inglês e alemão em primeiro plano, destacando também a música eletrônica da Bélgica (New Beat/EBM) e a novidade vinda dos bairros latinos de Nova Iorque e Miami, o Freestyle. Na pista podia-se ouvir Divine, Colourbox - You Keep me Hanging on, Switchblade Symphony (e o clássico dark-synth-wave Jolene), ABC - e a versão 12 maravilhosa de Be Near Me,
Expose - Point of no Return do Exposé virando com Point of no Return do Nu Shooz,
E ainda havia espaço para Timex Social Club, Trans-X e The Cult.
Como principais referências citamos Blondie, Prince, Trisomie 21, Sheena Easton, Midnight Star.
Além das habituais baladas todo fim de semana, também aconteciam concursos, de dança (Freestyle) e também à fantasia, como o Halloween."
|