Baladas dos anos 80 – Primeira parada: Estados Unidos
“We are going disco
But before we hit East 7th Street
We are going to another disco
Disco after disco
And shaking our hair to the disco rap
AM/PM, Pyramid, Roxy, Mudd Club, Danceteria
The newest club is opening up” Nina Hagen
Mais uma vez o Projeto Autobahn sai na frente e pioneiramente lança das 21h às 22h aos sábados a Aula de Passinho para todos os frequentadores da festa. Comemorando o evento, vamos falar sobre as baladas oitentistas na nova sessão do site que vai girar o mundo contando a história das Casas Noturnas que marcaram a década.
Começamos com os Estados Unidos e algumas das principais casas dos 80. Algumas, como o Studio 54 e a Roxy foram até tema de filme (Last Days of Disco, Beat Street e 54).
A Roxy ficava em Manhattan, Nova York, e era conhecida como o “Studio 54 para os amantes dos patins”, pois possuía uma pista de patins que foram febre na década de 70. Essa pista foi desativada em meados de 82, quando a casa foi totalmente remodelada para sua efervescência musical dos anos 80.
Ruza Blue, uma britânica conhecida também como "Kool Lady Blue" foi a fundadora da casa em que Jon Baker, futuro produtor de músicos como The Stereo MCs e PM Dawn, trabalhava como hostess e tinha Djs pioneiros como Afrika Bambaataa, Jazzy Jay e Grandmaster Flash.
A casa fazia batalhas de mixagem, encontros da “Zulu Nation”, uma organização cultural e musical iniciada na França pelo dj e músico Afrika Bambaataa, também campeonatos de Break e de Double Dutch, que é aquela brincadeira de pular cordas com duas cordas girando em sentido contrário, além de promover a criação de murais de grafite. Foi realmente a casa em que o House estourou no Estados Unidos, não só a música, mas toda a cultura de rua que nele estão presentes.
Mais para frente começou a rolar uma festa gay semanal na Roxy chamada Roxy Saturdays em que artistas como Cyndi Lauper, Madonna, Cherr, Donna Summer, Grace Jones, entre outros chegaram a se apresentar.
O Studio 54, extremamente sofisticado, extravagante nos seus “dresscodes”, com um acervo de multimídia avançadíssimo para a época, também ficava em Manhattan e começou na década de 70 como um templo da Disco. Depois fechou no final dos 70 e reabriu em 81 com a presença ilustre de nomes como Andy Warhol, Calvin Klein, Cary Grant, Brooke Shields e a nossa adorada Debbie Harry.
Nossos amados Duran Duran, Madonna, Wham!,e Culture Club chegaram a se apresentar no Studio 54, no comecinho das suas carreiras, assim como os pioneiros do Freestyle, como Noel Cynthia, TKA, Fascination, e PajamaParty, cujos sets e apresentações eram transmitidas ao vivo pelas rádios da época.
Outra casa muito importante no cenário musical dos anos 80 nos Estados Unidos foi a DV8 em São Francisco, na Califórnia. Diferentemente das duas primeiras, a Roxy com seu repertório House e Hip Hop e a Studio com o Pop e o Freestyle, a DV8 era uma casa alternativa. Juntavam-se nela todas as tribos: góticos, punks, roqueiros, glams, patricinhas, o público GLS, enfim, todas as tribos mesmo se reuniam na casa que tinha três andares, um bar com folkmusic, uma pista com Techno, New Wave e Alternativo em todas as vertentes, e um ambiente parecido com um castelo gótico, com correntes, trapézios, dançarinas em jaulas, performances de vampiras, diabinhas, além da exibição de filmes de arte, em um ambiente completamente dark, com direito a cortinas vermelhas e candelabros.
Outra casa importante foi a The Warehouse, em Chicago, em que o DJ residente era Frank Knucles, conhecido como o pai da House Music. Na verdade, o nome House Music vem exatamente do nome da casa. Frank recebeu inclusive um grammy por seu trabalho e chegou a remixar músicas do Michael Jackson.
Agora é curtir no sábado as aulas de passinhos na Autobahn!
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