Lembranças


Fitas K-7

Quem viveu a década de 80 nunca irá se esquecer das fitas usadas para se escutar em carros e aparelhos de som ou então para gravar a música favorita que ia passar na rádio, torcendo para que no meio da música o locutor não anunciasse o nome da rádio..rs. Hoje em dia com a tecnologia atual, as fitas K7 estão praticamente obsoletas, virando artigo de colecionador.

As fitas K-7 foram produzidas em 1963 pela Philips para gravar e reproduzir em áudio, popularizando-se na década de 80. Ela permitia em média 30 minutos de música em cada lado, mas a qualidade do som não era das melhores; isto sem esquecer que para se escutar uma música haveria a necessidade de rebobinar a fita. Nesta matéria iremos trazer informações sobre os modelos de fitas K-7 mais populares na década de 80 e que eram usadas por muitas pessoas em uma época em que não existiam CDS e aparelhos portáteis.

Reel Cleer RC-60 – Este modelo de fita K7 foi lançada pela Philips em 1963 e era voltada para gravações caseiras.

Exclusiv C60 – Este modelo feito na Alemanha foi um dos pioneiros em fitas K7.

Os modelos de fita K7 apresentavam na capa o tempo total de duração das músicas. Nos modelos C60, o “60” significava dizer que cada lado gravava 30 minutos. Nos modelos C90, cada lado gravava 45 minutos. Entre as empresas que produziam essas fitas, as maiores eram a BASF, SONY, GRADIENTE, AKYO, TDK E A MAXELL, sendo que esta última empresa era conhecida por produzir modelos com alta tecnologia.

Dentre os tipos podíamos encontrar modelos C-5 e C-7 (utilizadas mais como fita de demonstração), C-30, C-46, C-50, C-54, C-60 (mais usada até hoje), C-64, C-70, C-74, C-80, C-90 (uma das mais utilizadas), C-100, C-110, C-120, C-150 e o C-180. Estes últimos embora comportassem um tempo maior de gravação, não eram muito recomendados pois quanto maior o tempo de gravação disponível nas fitas k7, menor a qualidade. Por este motivo, os modelos C 60 e C90 foram considerados os mais comuns na época.

Além do modelo EF, a Fita K7 mais vendida da época, a Sony investiu bastante em qualidade, estando entre as melhores do mercado. Entre os modelos mais famosos, a SONY tinha as seguintes fitas K7:

- SONY EF: Foi o modelo mais vendido na época e o mais comum de se encontrar, porém a qualidade sonora deixava a desejar com relação aos outros modelos da SONY.


- SONY HF (High Fidelity): com qualidade superior, foi produzido pela Sony como um dos modelos com melhor qualidade do que a EF.

- SONY UX: Modelo de Cromo da Sony, foi considerado um dos melhores pela qualidade proporcionada.

- SONY UX-PRO: O melhor da Sony. Além do modelo de CROMO, era considerada um dos melhores modelos da época com relação à sonoridade.

A TDK é uma empresa Japonesa que está no mercado desde 1935, com uma alta qualidade em seus produtos. Entre as fitas produzidas por esta empresa, podemos encontrar os modelos TDK A (acoustic Dynamic), produzida nos anos 70 e um dos mais vendidos do mercado e o modelo TDK SA, considerada a melhor fita de CROMO que existiu, pois permitia uma alta sonoridade.

A Empresa Maxell produziu modelos de qualidade e vendeu bastante no mercado Brasileiro. Entre os modelos produzidos, havia o MAXELL UD, XL ll e o UR, sendo que esta última foi a mais vendida no Brasil. O modelo XL ll era considerada uma das principais concorrentes do modelo UX-PRO da Sony devido a alta qualidade.

Uma das principais marcas de fita K7 da época, a BASF introduziu vários modelos nas décadas de 70 e 80, como o Ferro Super LH e o de Cromo em 1980 até o Cromo Extra II. No fim dos anos 80, a empresa sentiu na pele a decadência das fitas K7 devido ao surgimento do CD, o que fez com que praticamente fosse quase extinto.

Empresa nacional, produziu alguns dos modelos que tiveram muitas vendas no país, porém com qualidade inferior a alguns modelos. Um dos modelos mais famosos foi o de metal.

Havia outros modelos bastante comercializadas como os da AKYO e também alguns k7 da Phillips, sendo que a Phillips produziu os primeiros gravadores com áudio cassete nos anos 70.


 

Reynaldo Rivero


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