Você colecionava ou coleciona coisas que lembram a década de 80?
Existem vários objetos que nos remetem a uma década em que tudo era novidade. A cada momento surgia alguma coisa que virava mania entre a garotada. Pensando nisso a seção lembranças de hoje traz alguns destes objetos e até brinquedos que viraram item de colecionador.
Que tal começar essa viagem no tempo e então juntar tampinhas de Coca-Cola e trocar por uma mini garrafinha até juntar 06 delas e então trocar mais tampinhas por um mini engradado vermelho para armazenar as 06 garrafas. Posteriormente a Coca-Cola lançou essa coleção com o logotipo em várias línguas e também as garrafinhas de Fanta e Guaraná Taí.
Agora confessa!! Você não morria de curiosidade de saber se aquele líquido dentro das garrafas era Coca-Cola ou não? O pior era nossas mães que ficavam de cabelo em pé e diziam que era veneno para que não abríssemos as garrafinhas e tomássemos o que tinha dentro. Na verdade o liquido era só um caramelo sem gosto que mais tarde foi informado pela Coca-Cola (aposto que vocês pensaram que eu já tinha tomado né!!!).
A Coca-Cola também fez muito sucesso com seus famosos iô-iôs. Tinha o Super, O Profissional e os iô-iôs Roussel, sendo esses mais raros de conseguir e tinha em sua borda interna uma espécie de purpurina e dizia-se na época que quem tinha um desse, era porque tinha participado de campeonato. Eram várias peripécias que fazíamos com eles, como cachorrinho, torre Eiffel, cama de gato e também podíamos fazer eles ficarem dormindo, movimento que consiste em deixar ele girando entre si sem recolher a cordinha.
Vai dizer que você não gostava de chegar no recreio e ficar se exibindo para seus colegas com seu novo iô-iô. Eu mesmo tinha um iô- iô Super do Guaraná Taí que na deixava ninguém pegar nele.
E quem não se lembra daquele chaveiro barulhento. Ele tinha 08 botões coloridos, sendo que cada um deles produzia um tipo de efeito sonoro. Era sirene, telefone tocando, barulho de bomba, barulho de vídeo-game. Imagine você andando no centro da cidade e os camelôs tocando aqueles chaveiros todos ao mesmo tempo. Lembro que um amigo fez a façanha de abrir um deles e conectar os pequeninos fios a um aparelho de som, aquilo parecia uma guerra espacial.
Outro chaveiro sonoro que fez muito sucesso foi o Echo Chain que soava um bip toda vez em que assoviávamos. A intenção dessa invenção era de acoplarmos ele em um molho de chaves do carro ou de casa e toda vez em que não achávamos as chaves bastava-se assoviar que ele respondia ao chamado facilitando assim a localização, mas a gente gostava mesmo é de ficar assoviando e ele repetindo.
Chaveiro maneiro também era aquele do pé de pato que surgiu na época da febre do New Wave juntamente com as calças da OP. Quem já teve um sabe do que estou falando. Tinham em várias cores e até colecionávamos e pendurávamos também nas mochilas da Company ou naqueles estojos porta-caneta. Era uma coisa de boyzinho, porque pegávamos o carro do pai pela primeira vez para dar umas voltas e pendurava esse chaveiro com as chaves do carro só pra impressionar.
Existiam também aqueles prendedores de chave com fio em formato de cabo de telefone, todo enrolado e que você podia esticar para abrir algo, sem precisar retirar as chaves do passante da calça.
E falando em enrolar, lembra da Mola Maluca? Era naquela época de metal e depois ganhou uma versão em plástico e com várias cores. Passávamos a mola de uma mão para a outra ou enrolávamos no pulso, mas o grande barato mesmo era fazer ela descer escada abaixo.
Havia também um passa-tempo que deixava nossas mães malucas, o tal do Bat Bag que surgiu desde a década de 70. Essa invenção era vendida em banca de jornal e consistia em duas bolas de um material plástico rígido e amarradas a uma cordinha de nylon e presa a uma arruela. Segurávamos essa arruela fazendo movimentos com as mãos para cima e para baixo para que as bolas começassem a bater uma na outra e a medida que aumentávamos a velocidade o barulho de TEC TEC ia ficando mais alto. O objetivo era fazer as bolas girarem em 180º graus e se chocarem uma na outra fazendo com que essa acrobacia se repetisse continuamente e o maior numero de vezes. Lembro que volta e meia estávamos com mãos e braços roxos de tanta pancada que levávamos dessa engenhoca e isso quando não escapava de nossas mãos e ia atingir direto na testa. Simplesmente o brinquedo foi proibido.
E o Biboquê?... Alguém lembra?... Bom esse pelo menos era mais inofensivo e concebido todo em madeira. Tínhamos que com único movimento com as mãos fazer a peça que as vezes era em formato de sino, ou esférica, ou ovalada encaixar na outra peça através de seu furo. Essas peças eram únidas por um barbante. Agilidade e concentração eram necessárias para encaixar a peça o maior número de vezes possível.
A coqueluche dos anos 80 também foi aquele brinquedo Vai e Vem. Uma bola de futebol americano em plástico que ia de um lado para o outro quando abríamos os braços fazendo com que o barbante a arremessasse para frente. Mas a perversidade ronda cada brinquedo citado e sempre tinha um espírito de porco que fazia um movimento mais brusco para tentar acertar aquela bola nos dedos do coleguinha (Muy Amigo hein!!!) Particularmente eu nunca gostei daquilo, além de parecer ser um brinquedo mais dedicado as meninas.
Que atire a primeira pedra aquele que não ia à vendinha para comprar aquele pirulito, o Pirocóptero, que ao acabarmos de chupar, utilizávamos a haste para encaixar a hélice colorida que vinha nele e girávamos entre as mãos para ele voar. Lembram da propaganda na TV? Até competição fazíamos para saber quem conseguia fazer ele voar mais alto e mais longe. Aposto que alguns de vocês já perderam um em cima do telhado de uma casa!!
E não era só pirulito que trazia diversão. Tinha também aqueles palitos de picolés em plástico coloridos que tinham encaixes para montarmos diversas coisas. Só não me lembro se era da Yopa ou Gelato...saudades desses picolés, como eram bons.
Apesar de existirem até hoje vale a pena comentar os brinquedos que são distribuídos nas festinhas de aniversário. Pois é você provavelmente já brincou com língua de sogra, era só assoprar para ela esticar e voltar logo em seguida a posição original, mas aí pra sacanear o amiguinho nós soprávamos aquilo na orelha do coitado que saia correndo atrás da gente. Claro a brincadeira contava também com aquele chapéu de papel em formato de cone e com um elástico para passar em volta do pescoço e que sempre partia na nossa cara.
E ainda tinha um bem legal que era aquele cachimbinho com uma bolinha e que tínhamos que ficar o tempo todo assoprando para que a bolinha flutuasse. Haja fôlego e equilíbrio.
No quesito brinquedo pedagógico, o souvenir imortal é o tal do patinho de madeira que a criança empurra pelo cabo e ele sai andando e batendo as asas ou outro modelo em que ele faz barulho com as nadadeiras.
Mas se você gosta de colecionar antiguidades tem as saudosas fichas telefônicas de orelhão. Tinha para ligação local e para DDD, mas quando ligávamos interurbano as fichas caiam muito rapidamente e ai quando abríamos o compartimento de retorno de fichas não tinha mais nada e não adiantava socar o orelhão que não tinha jeito.
E quem tinha juízo economizava dinheiro e os Bancos faziam muita propaganda sobre caderneta de poupança, tempos rentáveis que não voltam mais, mas para a criançada eles distribuíam os cofrinhos para guardar as moedas. Tinha os da caderneta de poupança Haspa em formato de casinha e também em formato de bota de plástico. Havia até de casa de madeira que também servia de enfeite na estante da sala. Era um tal de assaltar o cofrinho pra comprar sorvete, bala, figurinhas, etc...
Até nossas mães tinham razões para gostar dessas lembranças dos anos 80. Qual mãe não gostava de ter geralmente em cima da geladeira ou da televisão ou na estante da sala um galinho do tempo.
Pois esse galinho vinha fixado em um pedestal de madeira e com um adesivo colado indicando as variações climáticas representadas por cores. Acredite ou não, mas o galo mudava de cor de acordo com a condição climática. Quando estava rosa indicava que o tempo estava nublado podendo chover, quando estava roxo ou azulado o tempo estava seco e faria sol o resto do dia. Era uma espécie de serviço meteorológico doméstico.
Hoje se você quiser adquirir um exemplar novinho em folha terá que viajar para Lisboa em Portugal, pois foi lá que ele foi inventado e é até hoje comercializado.
E por falar em galinho, tem também a galinha da Maggi que botava ovinhos quando apertávamos ela para baixo e fazendo-a abrir as asas.
Bom, acho que deu pra matar a saudade de várias coisas legais. Seja você colecionador ou não é muito bacana ainda ter guardado algumas desses souvenirs dos anos 80 para mostrar para seus amigos oitentistas ou mesmo a geração nova que não sabe o que era bom viver nessa época.
Matando a curiosidade:
Pois é... ia acabando a matéria sem explicar o que faz o tal galinho do tempo mudar de cor....ok você venceu!!!.... é aplicado no galinho o cloreto de cobalto que é um tipo de sal azul que se hidrata facilmente e por isso ao contato com as variações climáticas, esse sal reage mudando de cor.
A marca de sorvete Yopa, o qual citei, na verdade ainda existe porém agora leva o nome do fabricante Nestlé. Já a Gelato deixou saudades em muitos de nós.
Um abraço e até a próxima viagem no tempo. |