Dois anos após o The Cure lançar o apimentado álbum "Kiss me, Kiss me, Kiss me" (87), a banda rumou 
														  pra o ponto alto de sua popularidade com o poético, sombrio, melancólico e sedutor Disintegration. Este foi o oitavo álbum que 
														  teve o seu lançamento na primavera de 1989, quando Roger O'Donnell se tornou tecladista da banda, substituindo Laurence "Lol" Tolhurst, 
														  que inicialmente tocava bateria.
														  
														  Trata-se literalmente de uma obra prima. São 12 canções 
														  que fazem parte deste álbum com duração aproximada 
														  de 70 minutos. Sua sonoridade é marcante, se destacam os harmoniosos 
														  e elaborados arranjos dos integrantes da banda, sem nenhuma demonstração 
														  de virtuosismo individual, onde bateria, baixo, guitarra e teclado conspiram 
														  em envolver e criar uma atmosfera sombria e melancólica.
														  
														  Isso sem contar as letras que abordam o romantismo e as recordações 
														  individuais, que paradoxalmente são também universais. 
														  Esta empatia lírica é provocada pela entonação 
														  melancólica, desesperada e ao mesmo tempo revoltada de Robert 
														  Smith.
														  
														  Todos estes contrastes desencadearam o fato de Disintegration se tornar 
														  um grande avanço comercial e que, de certa forma, determinou 
														  o estilo musical do The Cure. Decolou rapidamente e alcançou 
														  posições de destaque nas paradas: 3º lugar no Reino 
														  Unido e 14º nos Estados Unidos.
														
                      
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															 FICHA 
																  
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                                                            "The Cure - Disintegration"  
																Data de Lançamento: 1989 
																12 faixas, aproxim. 72 min.. 
																 
																Faixa a Faixa: 
																01- Plainsong - 05:12 
																02- Pictures of You- 07:24 
																03- Closedown - 04:16 
																04- Love Song - 03:28 
																05- Last Dance - 04:42 
																06- Lullaby - 04:08 
																07- Fascination Street - 05:16 
																08- Prayers for Rain - 06:04 
																09- The Same Deep Water as You - 09:18 
																10- Disintegration - 08:18 
																11- Homesick - 07:06 
																12- Untitled - 06:30 
																 
																 
																Gravadora: Elektra Records/Polydor(Brasil) 
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Gerou 
														  vários hits como a sinistra e hipnótica "Lullaby", 
														  com tendências de goth rock e que se tornou a melhor do Reino 
														  Unido no mesmo ano de lançamento do álbum, ao mesmo tempo 
														  em que “Fascination Street” emplacou como 
														  a melhor nos Estados Unidos.
														  
														  O maior hit Americano foi "Lovesong" que 
														  disparou para o 2º lugar, uma canção com características 
														  pop, porém concisa e absolutamente charmosa e que não 
														  suavizou em absoluto a atmosfera depressiva do álbum.
														  
														  A longa entrada instrumental de "Plainsong" 
														  representa toda a musicalidade épica deste álbum e deixa 
														  bem claro o diferencial dos trabalhos anteriores.
														  
														  A faixa-título, "Disintegration", 
														  de várias formas representa o álbum como um todo. Aborda 
														  poeticamente a separação, como um apelo amargo e doloroso 
														  do final de um romance. É genialmente interpretada por Robert 
														  Smith que de uma maneira dolorosa e angustiada retrata fielmente a dor 
														  de quase todas as separações. 
														
														  
														
														Claudete Pereira