Notorious
Malcolm McLaren - Duck Rock

 


Contra Capa do CD

Todos nós sabemos algo sobre Malcolm McLaren:

- Era filho de Pete McLaren;
- Nasceu nos subúrbios de Londres;
- Seu pai o abandonou aos 6 anos e foi criado pela avó, Rose Corre Isaacs;
- Freqüentou vários cursos de arte na década de 60;
- No começo dos anos 70 começou a desenhar roupas e virou proprietário de uma boutique;
- Viajou aos EUA e conheceu o Grupo New York Dolls em 1972;
- Em 1975 começou a empresariar o The Strand, que mais tarde viria a se tornar o Sex Pistols;
- Foi processado por John Lydon (Johnny Rotten) em 1980, pelos direitos e receitas dos Sex Pistols;
- Y otras cositas más...

Viram como todos nós sabemos algo sobre Malcolm?


Lado A da Versão Vinil

Porém nesta matéria trataremos de seu disco Duck Rock (poderão ser lidos alguns comentários ‘babacas’ na Web classificando Duck Rock como um disco esquisito... Mas quem não enxerga, não poderá ver...), lançado em 1983, álbum que mesclou tendências e ritmos afro-americanos e latino-caribenhos, incluindo logicamente o Hip Hop ou simplesmente ‘Break’ como era mais conhecido mundialmente e até um pouquinho de Country.

Dois singles deste álbum (Buffalo Gals e Double Dutch) exerceram especial influência ao se tornarem Top 10 no Reino Unido.


Lado B da Versão Vinil

Faixa a Faixa

1. Obatala
Logo de cara, quando você põe o vinil pra tocar e desce a agulha (imagine que estamos em 1983, ok?) já se pode sentir o espírito tribal que foi resgatado por Malcolm nesta faixa, a mesma não é tão empolgante em termos de ritmo, mas como registro é valiosíssima.

2. Buffalo Gals
Agora a agulha passou pelo sulco do Vinil e foi parar na segunda faixa, aqui a coisa muda de figura, Buffalo Gals podemos dizer que é a cara do Break oitentista; quem ouviu sabe, as batidas eletrônicas, os scratchs, as vozes mixadas, enfim tudo contribuiu para que esta música fosse Top 10, um marco para o Hip Hop e imperdível nas festas logicamente.

 
FICHA

"Malcolm McLaren - Duck Rock"
Data de Lançamento:
1983
Número de Faixas: 11
Estilo: Pop/Freestyle
Tempo Aproximado: 60 minutos

Faixa-a-Faixa:

01. Obatala 3:36
02. Buffalo Gals 5:01
03. Double Dutch 3:55
04. El San Juanera
05. Merengue 5:26
06. Punk It Up 4:29
07. Legba 3:37
08. Jive My Baby 3:56
09. Song For Chango 4:51
10. Soweto 3:53
11. World's Famous 1:41
12. Duck For The Oyster 2:57

Teclados - Anne Dudley
Capa [Trabalho de capa] - Nick Egan
Capa [Grafite] - Dondi White
Capa [Ilustração] - Keith Haring
Guitarras [Additional] - Dave Birch
Teclados [Adicionais] - Thomas Dolby
Percusão [Adicionais] - Louis Jordan*
Produção - Trevor Horn

Gravadora: Charisma
 

3. Double Dutch
Doublé Dutch é mais ritmada, porém deixa escapar a influência afro em todo seu andamento, principalmente nas vozes.

4. El San Juanera
O nome remeta a uma festa latina, e justamente El San Juanera trás vozes Hip Hop misturadas com fundo de música latina.

5. Merengue
Bom, como o próprio nome diz, você escutará aqui uma faixa com ritmo latino mas cantada em inglês (com um sotacão bem espanhol!!)

6. Punk It Up
Mais uma miscelânea de ritmos e vozes com influência afro destacada.

7. Legba
Em comparação às faixas anteriores, Lebga perde um pouco a velocidade e continua no campo experimental.

8. Jive my Baby
Esta é uma faixa sem igual, traz muita alegria e ritmo, as influências africanas nas vozes continuam, porém o andamento é diferente e apresenta uma guitarrinha de fundo que certamente influenciou muita banda de ‘Indie Rock’ atual.


Contra Capa do CD


9. Song for Chango
Faixa com influência afro destacada, a impressão que temos é que até há algo de religioso apresentado aqui.

10. Soweto
A mesma influência afro aperece aqui, só que com um espírito mais jamaicano/reggae.

11. World’s Famous
Aqui temos mais uma faixa interessante. Hip Hop presente nas vozes e forma de cantar, batidas e scratchs. Porém esta faixa é descaradamente oitentista, basta observar os sintetizadores que fazem a base da música.

12. Duck for the Oyster
Pra sair um pouco do esquema de influências africanas, Hip Hop marcante e Ritmos Latinos calientes. Esta última faixa apresenta algo bem Country.

Duck Rock talvez não seja o melhor disco de todos os tempos, não traz a melhor voz da história musical, não tem o guitarrista mais virtuoso, não possui nenhuma super banda por trás das composições. Mas é um disco de valor fundamental, o que Malcolm McLaren pensou ao produzi-lo só ele sabe, e hoje após tantos anos algumas faixas ainda são extremamente prazerosas quando ouvidas.

Let´’s Groove!!

Ivan Guilherme Beneri