  
						Contra capa  de  
			" Power, Corruption & Lies "  | 
					
				  
				  
					  
						  
						  Lado A de  
			" Power, Corruption & Lies "  | 
					  
					
					O ano de 1983 ficou marcado para Bernard Summer, Peter Hook, Stephen Morris e Gilian Gilbert com o lançamento deste memorável álbum que começou a deixar a sombra depressiva do que era o Joy Division para trás e assim fazendo juz ao nome escolhido pela banda, uma ‘Nova Ordem’ foi dada.
					  
					  O album de estréia do New Order – ‘Movement’ é sombrio como Ian Curtis era no Joy Division,  mas em Power Corruption & Lies, o uso de teclados e sintetizadores iria mudar toda a segmentação da banda e mostrando ao mundo qual era realmente a proposta musical deles, mesclando rock e experimentalismo eletrônico dançante.
					  
					  A capa do álbum é um comentário a parte com design de Peter Saville que sempre ocultava o rosto dos integrantes da banda até então e traz a pintura de ‘A Basket Roses’(1890) do pintor Fantin-Latour. Só no álbum seguinte ‘Low Life’  é que o mistério seria desvendado e todos os 04 integrantes aparecem na capa, contra-capa e encarte, mesmo assim separados.
					  
					Ouvir Power Corruption & Lies é como viajar entre o passado e o presente. É o divisor de águas. È a melancolia que ganha ritmos diferentes e traz um New Order mais maduro e seguro de si. 
					
					
					Faixa a faixa:
					
					Age Of Consent 
					
					Maravilhosa em todos os sentidos. O baixo de Peter Hook é o destaque fazendo toda a linha melódica da música e a bateria de Stephen Morris é acelerada com a intenção de que ‘Age Of Consent’ seja um hit dançante. Conseguiram!! A letra fala sobre as conseqüências da maioridade.
					
					We All Stand 
					
					O clima sombrio ronda o álbum, mas um tanto diferente do que o Joy Division fazia. Melodia arrastada bem experimental e com repiques de baqueta nas bordas da caixa.
					
                      
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						 FICHA 
							  
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            "New Order - Power Corruption & Lies "  
							Data de Lançamento: Maio de 1983  
							10 faixas, 53 minutos, aprox. 
							 
							Faixa a Faixa: 
							01  	   	Age Of Consent (5:15) 
							02 	  	We All Stand (5:14) 
							03 	  	The Village (4:36) 
							04 	  	5 8 6 (7:30) 
							05 	  	Blue Monday (7:29) 
							06 	  	Your Silent Face (5:59) 
							07 	  	Ultraviolence (4:51) 
							08 	  	Ecstasy (4:25) 
							09 	  	Leave Me Alone (4:40) 
							10 	  	The Beach (7:17) 
							 
							Produzido por: New Order  
							Arte da Capa : Peter Saville  
							Engenheiro de Som: Michael Johnson  
							Gravadora: BMG   | 
					  
					
					  
					 
					
					  
						  
						Lado B de   
						" Power, Corruption & Lies "  | 
					  
					
					  
					The Village 
					  
 
					  Seqüenciadores e batida dançante que nos contagia e nos leva a dançar. O baixo de Peter Hook dita as regras como sempre e Bernard Summer, que na ocasião assinava como Barney, parece estar bem a vontade para cantar. A letra compara o amor com a natureza.
					  
					  586 
					  
					  De repente uma interrupção súbita e uma falsa introdução que nos leva a crer que o fantasma de Ian Curtis estariam rondando novamente, mas eis que próxomo aos 2:00 se escuta ao fundo um ritmo bate-estaca que vai progredindo e com ajuda nas mixagens Barney repete ‘I See Danger’. 586 é também conhecida como o rascunho da clássica ‘Blue Monday’. A seqüência de batidas eletrônicas e programação rítmica é excelente. Ao final o pitch (velocidade rítmica) da música vai caindo até sua finalização. E de pensar que anos mais tarde esta técnica seria utilizada a partir da House Music (vide French Kiss – Lil´Louis).
					  
					  
					  
					  Blue Monday 
					  
 
					  O single 12 polegadas mais vendido de todos os tempos e que chegou ao topo das paradas americanas, só foi incluso na edição em CD norte-americana e originalmente não faz parte do álbum. Na verdade ‘Blue Monday’ foi lançada 02 meses antes deste álbum e como de costume o New Order quase sempre não incluía seus singles no trabalho a ser lançado posteriormente. Esse problema todo acabou com o lançamento de ‘Substance’ (1987) onde foi compilado essas jóias preciosas e seus B-sides.
					  
					  Your Silent Face 
					  
					  Inspirada em Trans-Europe Express do Kraftwerk recebendo o apelido ‘Kraftwerk One’ (KW1), essa magnífica canção sempre é tocada pela banda até hoje e tivemos o grato presente de escutá-la ao vivo quando o New Order esteve no Brasil em 1.988 e 2.006. Os teclados profundos são marcantes e o baixo melódico de Peter Hook é viajante. Perfeição futurista. Lembro que no show de 1.988 no extinto Olímpia, ‘Your Silent Face’ foi a primeira música a ser tocada e ao final Bernard Summer jogou a clarineta, que é utilizada na melodia da música, para o público.
					  
					  Ultraviolence 
					  
					  Batidas tribais, guitarra e baixo, a ausência dos teclados torna essa faixa diferente de todas as outras. 
					  
					  Ecstasy 
					  
					  Faixa instrumental e muito bem construída com direito a distorções de voz, dançante do começo ao fim. 
					  
					  Leave Me Alone 
					  
 
					  O pedido de solidão é explicito nesta música. A melodia é um tanto triste e o baixo acompanha esta tristeza parecendo nos dizer que dias melhores virão. A guitarra se faz mais presente duelando com o baixo de Peter Hook. Excelente faixa para finalizar álbum. 
					  
					  The Beach 
					  
 
					  Faixa Bônus somente incluída na versão em CD norte-americana, esta é o B-side do single ‘Blue Monday’, ou seja uma versão instrumental com mais efeitos que a versão original. A banda tem o costume de mudar o nome da música na sua versão instrumental (Dub). Lançado posteriormente, os singles ‘Perfect Kiss’virou ‘Kiss of Death’ e ‘Bizarre Love Triangle’ virou ‘I Don´t Care’. 
					  
					  ‘Power Corruption & Lies’ consolida de vez o New Order como a banda independente mais rentável e famosa do planeta. A gravadora Factory começou a colher esses frutos, desde então, e o que se houve dizer é que ela era basicamente sustentada pelas vendas dos singles e álbuns do New Order. 
					  
					  Curiosidade:
					  
					O nome escolhido para este álbum seria ‘How Does It Feel’ – Primeira frase dita na faixa ‘Blue Monday’, mas desistiram devido ao grupo punk ‘Crass’ lançar o single ‘How Does It Fell’ (To Be Mother of 1000 Dead), um protesto contra a guerra das Malvinas e endereçado a primeira ministra britânica Margaret Thatcher.