Já que tivemos o show do Peter Murphy no Brasil na semana passada, não poderíamos deixar de aproveitar a oportunidade para homenageá-lo. E para isso nada melhor do que apresentar um pouco de sua carreira solo comentando seu segundo e mais famoso álbum, Love Hysteria. Lançado em 1988 pela Beggars Banquet (hoje parte da Beggars Group), foi produzido pelo músico e produtor, ex-integrante da banda The Fall, Simon Rogers. Embora seja o álbum mais conhecido de sua carreira solo, não emplacou nas paradas britânicas. Nos EUA também não obteve grande sucesso, mas trouxe melhores resultados do que o álbum anterior, Should the World Fail to Fall Apart, entrando para o top 200 da Billboard.
Definitivamente melhor do que seu predecessor, embora ainda seja pop se comparado com os álbuns de Bauhaus, Love Hysteria assume uma atmosfera um pouco mais pesada, de forma bem suave, mas assume. Na verdade o álbum é mais equilibrado, variando entre o “pop” e algo um pouco mais próximo do gótico. O termo “pop” pode parecer estranho para aqueles que estão mais acostumados com o que realmente se pode chamar de pop do que com o alternativo, mas nessa comparação esse é o termo correto, rs. Essa atmosfera mais leve e menos alternativa agrada com mais facilidade e alguns gostam mais dessa fase do que da fase Bauhaus. Das 9 faixas do álbum, com certeza as mais conhecidas são “All Night Long” e “Indigo Eyes”. Principalmente a primeira, já que seu clipe foi muito veiculado na MTV. Todas as faixas são excelentes, mas “All Night Long”, “His Circle and Hers Meet”, “Socrates The Phyton” e “Blind Sublime” são minhas preferidas. Acho que essas são bem a cara de Peter Murphy. A última faixa do LP é uma versão de “Funtime” de Iggy Pop e David Bowie. Muito boa também! Aos que não conhecem ainda a carreira solo de Peter Murphy, vale muito a pena conferir. Particularmente prefiro a fase Bauhaus, mas gosto muito dessa e devo dizer que é bem surpreendente.
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Natascha Coelho |