As bandas brasilienses que viviam no meio da efervescência do rock na capital federal no início dos anos 80 viam a necessidade de fazer suas músicas embasadas em críticas sociais e políticas que eram assuntos que remetiam à cultura da sociedade brasileira naquele momento. Depois de muito destaque na cena punk rock da capital do país, com shows empolgantes, eles começaram a se apresentar em outros palcos, inclusive em diversas danceterias do eixo Rio – São Paulo. Em uma dessas apresentações, no Rio de Janeiro, encontraram com Herbert Vianna, que ajudou a divulgar a qualidade musical da plebe para todo resto do país e a partir disso, Herbert se tornou padrinho da banda. Se já não bastasse ter ajudado na divulgação da maior banda punk rock nacional de todos os tempos, Herbert também se torna produtor do primeiro álbum da banda e então em 1985, a plebe lança o seu primeiro álbum, o mini LP O Concreto Já Rachou.
Com apenas sete músicas, o álbum se tornou um clássico do rock nacional, sendo hoje considerado um dos mais importantes do rock brazuca e com um grande sucesso comercial sendo que suas 7 faixas foram executadas em rádio de todo o país, alcançando assim o disco de ouro pelo feito de 200.000 cópias vendidas. Músicas como Até quando esperar, Proteção e Minha Renda estouraram em todo o país, sempre com letras polêmicas que também reivindicavam a liberdade de expressão , como sendo uma porta – voz de uma geração, num momento em que o país vivia um momento de uma reviravolta política com a transição do sistema da ditadura militar para o tão almejado processo democrático. Porém, tentar através da música ser um porta-voz de uma geração, não era nada fácil num tempo onde a censura imperava justamente por esse anseio de gritar liberdade através do meio musical. Canções como “Até quando esperar”, hoje em dia faz parte do repertório de diversos cantores pela atualidade da sua composição e não se tornou um hino só da Plebe Rude, mas de toda uma geração que ansiava e até hoje anseia por dias melhores.
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2- Proteção: Mais um grande feito da banda: Proteção. Mais uma letra polêmica, onde Phillipe Seabra compõe a música expondo sua posição rebelde e politizada. A letra da música conta com estrofes com críticas diretas à polícia, ao estado e a segurança como forma de protesto social. 3- Johnny Vai À Guerra: Baseada no filme Johnny vai a guerra, de Dalton Trumbo, a música trata de temas como guerra, intolerância e repressão.
5- Sexo e Karatê: Nessa música foi retratado a monotonia de alguns programas de tv de forma tediosa, onde você muda de canal e não consegue se desvencilhar dos programas sempre com os mesmos temas.
7- Brasília: Uma homenagem a bela capital do país, mostrando um paradoxo da cidade ressaltando seus problemas e suas belezas, sem deixar de fazer uma crítica social e política à capital federal.
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Raquel Alves |