"Synchronicity" lançado em junho de 1983 está entre os 100 álbuns mais vendidos na década de 80 (8.300.000 cópias). Quinto álbum do The Police, foi gravado nas Índias Ocidentais e no Canadá, com a banda consciente de que seria a sua última gravação de estúdio em conjunto.
Produzido pelo próprio trio e Hugh Padgham, o álbum foi criado sob o conceito de
sincronicidade, ou seja, há uma relação entre todos os eventos que acontecem no
nosso planeta. Se uma borboleta bater as asas no oriente pode causar um furacão no
outro lado do mundo. Sincronicidade é um conceito desenvolvido por Carl Gustav Jung
para definir acontecimentos que se relacionam não por relação causal mas por relação
de significado. Basicamente, é a experiência de se ter dois (ou mais) eventos que
coincidem de uma maneira que seja significativa para a pessoa (ou pessoas) que
vivenciaram essa "coincidência significativa".
Cerca de dez anos depois, ele encontrou pudim de ameixas no menu de um restaurante
em Paris, e fez o pedido, mas o garçon lhe disse que o último pudim já fora servidoà outro cliente, o qual seria M. de Fontgibu. Opa, voltando a Synchronicity... O álbum reúne uma seqüência de singles: King of Pain, Wrapped Around your Finger e a balada Every Breath you Take (no final de 2007 me emocionei muito ao ouvir esta balada num Maracanã cheio de fãs e presenteados com uma bela apresentação do The Police). "Synchronicity I" é a primeira faixa do álbum. O tema é explorado, repetida e hipnoticamente, até a bateria de Copeland entrar marcando forte e a voz de Sting nos trazer em versos o conceito de sincronicidade. "Walking In Your Footsteps", a guitarra de Summers nos faz pensar nos gritos de dinossauros, enquanto Sting fala da tolice que fazemos, seguindo as pegadas dos dinossauros a caminho da extinção.
"O My God" revela um dos grandes trunfos deste disco: versos inteligentes e com temas fortes sem serem ambiciosos ou chatos. "Mother", de Stewart Copeland, não é uma música para tocar nas rádios FM. Com a voz ensandecida e harmonia explorada mais em notas dissonantes do que na obviedade. "Miss Gradenko", de Summers, é uma música de pouca duração, mas ritmada e simples. Ao som de um sintetizador e da forte marcação da bateria, inicia-se "Synchronicity II", cujo versos não tratam de uma explicação do conceito, mas de uma exemplificação. O videoclip futurista e muito exibido na época de seu lançamento, traz Sting com o cabelo pintado e com o corte que usado nas filmagens de "Duna". "Every Breath You Take", com sua bela letra e um arranjo impecável, alavancou as vendas do disco até para um público que lhe era indiferente, embalado pelo dedilhado abafado da guitarra, o baixo simples e a batida seca da bateria . "King Of Pain", que dá continuidade ao disco, é mais uma letra brilhante numa melodia cativante. Possui o trabalho impecável de percussão e bateria de Stewart Copeland, sendo agressivo na medida certa. Summers, mais uma vez, prepara a base para que seus parceiros brilhem. "Synchronicity" fecha com "Wrapped Around Your Finger"e a hipnotizante "Tea In The Sahara". A versão em cd ainda traz uma bonus track, "Murder By Numbers". Depois deste disco antológico e os concertos para promovê-lo, o grupo acabou, vítima principalmente dos enormes egos de Sting e Copeland. Só viriam a reunir-se mais uma vez para uma coletânea fantástica, onde regravaram uma bela versão para "Don't Stand So Close To Me".
|
|||||
Adriana Uchoa |