Durante muito tempo o cantor britânico Rick Astley foi colocado como um artista do segundo escalão do pop. Mesmo com o estrondoso sucesso de seus dois primeiros álbuns (Whenever You Need Somebody e Hold Me Your Arms), a impressão que tenho é a de que ele nunca foi levado a sério no meio artístico. Com pinta de bom moço, voz grave (sua extensão vocal é de um barítono, sabiam?), letras essencialmente românticas e músicas pop com pitadas de soul music, hoje em dia é fácil gostar de Rick Astley. É quase uma moda entre a nova geração, que fica num deslumbre com aquele som que não é da sua época. Mas para nós não tem erro: Rick Astley é bom! Ponto!
Seu segundo álbum de estúdio, Hold Me Your Arms, lançado em novembro de 1988 (logo completa 30 anos de vida!) foi muito aguardado pela crítica e pelo público e não decepcionou aqueles que já tinham dançado muito ao som de Never Gonna Give You Up e Together Forever e esperavam mais hits para se jogar na pista sem hora para ir embora. Para começar, as duas faixas iniciais (She Wants To Dance With Me e Take Me To Your Heart) são muito dançantes e lembram bastante os principais hits do álbum anterior. E não poderia ser diferente se a gente pensar que nesse ano de 1988 foram lançados muitos álbuns altamente dançantes (logo publicaremos aqui no site um texto especial só com os principais álbuns lançados em 1988), e a formula do sucesso era essa: fazer dançar. E isso fica bem claro na próxima música do álbum I Don’t Want To Lose Her. As duas músicas que vem na seqüência (Giving Up On Love e Ain’t Too Proud To Beg) são mais suaves e flertam com a soul music, um dos estilos musicais favoritos do cantor. Esse é o momento ideal para convidar o crush para uma dança. Para encerrar, a última música do álbum é também a faixa que dá nome a esse trabalho. Hold Me Your Arms com certeza (na minha humilde opinião) é a responsável pela fama desse álbum ser um trabalho de músicas lentas. Este foi um single de muito sucesso na época e até hoje toca em diversas emissoras de rádio no Brasil. É uma música extremamente melodiosa e que pra mim transmite paz, algo que precisamos muito nos dias de hoje. |
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Ana Paula Santos |