Combat Rock é sem dúvida o álbum mais conhecido e também mais vendido do The Clash. Lançado em 1982 o disco rendeu a banda um disco de ouro e dois de platina e o 2º lugar nas paradas britânicas. Foi o primeiro álbum a conquistar de fato os americanos, chegando a alcançar o 7º lugar nas paradas.
Mas parece que os álbuns de maior sucesso, principalmente comercial, são sempre concebidos nas fases mais conturbadas das bandas. Fases em que os integrantes não se entendem, ou estão passando por seus maiores picos de inconstância e uso de drogas, ou fases em que a banda passa por problemas com seus produtores, empresários ou gravadoras. Parece que o sucesso surge para compensar os problemas. Afinal todo sacrifício traz uma recompensa, rs. E com The Clash não poderia ter sido diferente.
O álbum anterior, o Sandinista!, embora tenha feito relativo sucesso nos EUA, não fez o sucesso esperado no Reino Unido e por conta da venda insatisfatória a CBS Records não queria investir em turnês. Bernie Rhodes, o empresário da banda, teve que dar um jeito para marcar os shows sem a ajuda da gravadora. Joe Strummer simplesmente sumiu por mais ou menos um mês e alguns shows da turnê foram cancelados. Pouco depois de Strummer aparecer Topper Headon deixou a banda. As gravações haviam terminado, mas o álbum ainda não havia sido lançado e a turnê de divulgação ainda iria começar. Apesar de todos esses problemas tudo deu certo e Combat Rock saiu ileso e muito bem aceito. Afinal de contas além de contar com o talento dos integrantes o álbum contou também com a produção de Glyn Johns. Johns trabalhou com artistas como Beatles, Bob Dylan, Eric Clapton, Led Zeppelin, The Who, The Rolling Stones e vários outros. Como sempre, uma boa banda pede um produtor à altura. |
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Natascha Coelho |