Nascido em julho de 1959, Robert E. Pettibone Jr, mais conhecido como Shep Pettibone, foi um dos produtores e DJs mais importantes da década de 80. Além de ser muito bom compositor.

Tudo começou quando, no início da década de 80, Shep passou a fazer remixes para a emissora de rádio “Kiss” FM de Nova York, uma rádio de dance e disco. Depois de um tempo começou a trabalhar na produtora Salsoul Records, e a partir daí começou a fazer uma série de remixes. Começou com Pet Shop Boys e a primeira música a remixar deles foi a “West End Girls”. Depois veio o remix de músicas como “Love Comes Quickly”, “Always On My Mind”, “Heart” e várias outras.

Pettibone também trabalhou muito com Madonna, tanto como produtor e compositor quanto com seus remixes. Ele remixou músicas como “True Blue”, “Like a Prayer” e “Express Yourself”. Também foi responsável pela produção de “Vogue”.

Depois da produção de “Vogue” (que teve uma boa repercussão), Madonna resolveu chamá-lo para produzir seu álbum seguinte, o Erótica. Esse foi seu trabalho com a maior participação de Pettibone, que além de ser responsável pela produção do álbum compôs a maior parte das músicas com ela.

Outro trabalho que deu notoriedade para Shep, foi o remix que fez da música “Jazzy Sensation” do Afrika Bambaataa e The Jazzy 5, juntamente com Arthur Baker, outro ícone da área.

Shep Pettibone trabalhou com muitos outros grandes artistas como David Bowie, Information Society, New Order, Depeche Mode, Erasure, Cyndi Lauper, Level 42, Nu Shooz e muitos outros.

Pettibone desenvolveu técnicas para adaptar melhor certas músicas para a pista de dança, prolongando de uma maneira que não ficassem chatas ou repetitivas demais. Foi também um dos primeiros a fazer vários tipos de remix em uma única música, além de utilizar diversos métodos de edição para repetir trechos de uma música e de fazer muito uso de “delay” e de efeitos de eco.

Com o uso de um Roland TR-909 ele criou duas batidas chamadas “bazooka-snare” e “machine gun”, com elas fica fácil identificarmos grande parte de seu trabalho do final dos anos 80 e início dos 90. Muitos artistas ainda usam essas técnicas hoje em dia, mas com mais tecnologia, é claro.

Embora não produza tanto nos dias de hoje quanto na década de 80 e 90, ainda influencia muito o cenário dance.

É muito importante conhecer melhor o trabalho desses produtores, pois embora fiquem por trás das bandas são eles é que dão vida ao trabalho desses artistas. Não adianta a banda ser boa se o produtor for ruim e não tiver visão, pois este pode fazer um ótimo trabalho virar um lixo. Embora a recíproca também seja verdadeira, muitas vezes eles fazem algo ruim parecer um pouco melhor, rs. Afinal de contas um bom trabalho é a junção perfeita da banda e do produtor.