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Abordar navios mercantes
    Invadir, pilhar, tomar o que é nosso
    Pirataria nas ondas do rádio
    Havia alguma coisa errada com o rei
    Preparar a nossa invasão
    E fazer justiça com as próprias mãos
    Dinamitar um paiol de bobagens
    E navegar o mar de tranqüilidade
    Toquem o meu coração
    Façam a revolução
    Que está no ar, nas ondas do rádio
    No submundo repousa o repúdio
    E deve despertar
    Disputar em cada freqüência
    Um espaço nosso nessa decadência
    Canções de guerra, quem sabe canções do mar
    Canções de amor ao que vai vingar
    Toquem o meu coração
    Façam a revolução
    Que está no ar, nas ondas do rádio
    No underground repousa o repúdio
    E deve despertar
  
Seu corpo é fruto proibido
    É a chave de todo pecado
    E da libido, e prum garoto introvertido
    Como eu, é pura perdição.
É um lago negro, o seu olhar
    É água pura de beber, se envenenar
    Nas suas curvas derrapar, sair da estrada
    E morrer no mar. (no mar)
É perigoso o seu sorriso,
    É um sorriso assim chocoso, impreciso,
    diria misterioso, indecifrável, riso de mulher.
Não sei se é caça ou caçadora,
    Se é Diana ou Afrodite, ou se é Brigite,
    Stephani de Mônaco, aqui estou
    inteiro ao seu dispor. (princesa)
Pobre de mim, invento rimas assim
    pra você, e um outro vem em cima
    e você nem pra me escutar.
Pois acabou, não vou rimar
    coisa nenhuma
    Agora vai como sair
    Eu já não quero mais saber
    Se vai caber ou vão me censurar (será)
E pra você eu deixo apenas
    Meu olhar 43
    Aquele assim meio de lado
    Já saindo
    Indo embora, louco por você
  
Havia um tempo em que eu vivia
    Um sentimento quase infantil
    Havia o medo e a timidez
    Todo um lado que você nunca viu
Agora eu vejo,
    Aquele beijo era mesmo o fim
    Era o começo e o meu desejo se perdeu de mim
E agora eu ando correndo tanto
    Procurando aquele novo lugar
    Aquela festa o que me resta
    Encontrar alguém legal pra ficar
E agora é tarde, acordo tarde
    Do meu lado alguém que eu não conhecia
    Outra criança adulterada
    Pelos anos que a pintura escondia
  
Luz de vela nos castiçais
    iluminam tempos atrás
    no passado não há prisão
    seu retrato acusação
outro inverno gela em meu coração 2x
    nesse inferno (é) sempre a mesma estação
vento frio vem me chamar
    me arrepio só de pensar
    no futuro escuro e só
    inseguro voltando ao pó
outro inverno gela em meu coração 2x
    nesse inferno (é) sempre a mesma estação
solo
outro inverno gela em meu coração 2x
    nesse inferno (é) sempre a mesma estação
no silêncio escuto a voz
    são demônios ou somos nós
    sem juízo sem salvação
    exorcizo sua aparição
outro inverno gela em meu coração 2x
    nesse inferno (é) sempre a mesma estação
  
Ela vai à luta de corpo inteiro
    Ela faz de tudo, ela faz ligeiro
    As coisas que precisa, tudo o que quer
    Se materializa, uma mulher
    Uma menina enlouquecida
    Pela cidade, a sina e a buzina
    Vontade férrea, feminina fúria
    Determinada, perigo, prazer
    Ela nem se assusta, nem mesmo pisca
    Sabe o quanto custa servir de isca
    Anda pelas ruas de madrugada
    Tem as pernas nuas, as mãos geladas
    Rímel nos olhos, batom que mancha
    Fuma, se perfuma e o penteado não desmancha
    Quem sabe é mãe, mãe de família
    Quem sabe até é sua própria filha
  
Disfarça e faz que nem me viu não me ouviu te chamar
    Disfaz assim de mim que nem se faz com qualquer um
Agora eu sei, passei por cada papel
    E rastejei tentando entrar no seu céu
    Agora eu sei, passei por cada papel
    Embriaguei e acordei no bordel
Eu sei que um é pouco dois é bom três é demais
    Eu fico louco de ciúmes de outro rapaz
Agora eu sei, passei por cada papel
    E rastejei tentando entrar no seu céu
    Agora eu sei, passei por cada papel
    Embriaguei e acordei no bordel
Na Madrugada
    Na mesa do bar
    Louras Geladas
    Vem me consolar
    Na Madrugada
    Na mesa do bar
    Louras Geladas
    Vem me consolar
Qualquer mulher é sempre assim
    Vocês são todas iguais
    Nos enlouquecem, então se esquecem,
    Já não querem mais
  
Seu olhar oriental,
    Provocante butterfly
    Mero flerte acidental
    Que eu nem sei pra onde vai
Tudo por você, guerras pra depois,
    Eu mudo por você
    o mundo pra nós dois
Por qualquer ideologia
    Sem qualquer convicção
    Metralhou o amor que havia
    Guerrilheiro coração
Tudo por você...
Eu já nem sei mais quem sou
    Desse jeito não se vive
    Nova Iorque ou Moscou
    Palestina ou Tel-Aviv
Guerra Fria nunca mais
    Nova era glacial
    E de que me serve a paz
    Se em meu sangue corre o mal?
  
Quero das horas escuras cumplicidade em qualquer loucura
    Quero as noites em claro a eletricidade, um luar de mil watts
    Já não morro mais de medo que o tempo escorra pelos dedos
    Já não sinto quase nada na madrugada fria
    Quero a sujeira das ruas nas veias do asfalto quero me injetar
    Quero o perigo correndo comigo sem nunca poder me alcançar
    Já não morro mais de medo que o tempo escorra pelos dedos
    Já não vejo quase nada sob a luz do sol
    Quero a cidade vazia o clarão do dia me ofusca a visão
    Minha cabeça lateja meu corpo cansado se espalha no chão
    Já não morro mais de medo que o tempo escorra pelos dedos
  
Sinto um imenso vazio e o Brasil
    Que herda o costume servil
    Não serviu pra mim
    Juventude
    Aventura e medo
    Desde cedo
    Encerrado em grades de aço
E um pedaço do meu coração é teu
    Destroçado com as mãos
    Pelas mãos de Deus
    E as imagens
    Transmissões divinas
    E o cinismo
    E o protestantismo europeu
Parte o primeiro avião
    E eu não vou voltar
    E quem vem pra ficar
    Pra cuidar de ti
    Terra linda
    Sofre ainda a vinda de piratas
    Mercenários sem direção
E eu até sei quem são, sim eu sei
    E você sempre faz confusão, diz que não
    E vem, vem chorando
    Vem pedir desculpas
    Vem sangrando
    Dividir a culpa entre nós
  
Nem mais um cigarro invade meus pulmões
    Bombas de fumaça explodem nos salões
    Nem mais uma taça rasa de cristal
    Querosene e álcool explodem no local
Não tem mais tempo
    Não tem mais ninguém
    Rezando nos templos em Jerusalém
Nem mais uma linha ,
    A alma sozinha
    Livida e divide-se em partes desiguais
    Nem mais um remédio
    Já não tem remédio
    O tédio que se instala na sala de estar
Não tem mais tempo
    Não tem mais ninguém
    Explodem os templos
    Vão dizer amén
  
Sinais de vida no país vizinho
    Eu já não ando mais sozinho
    Toca o telefone,
    Chega um telegrama enfim
    Ouvimos qualquer coisa de Brasília
    Rumores falam em guerrilha
    Foto no jornal,
    Cadeia nacional
Viola o canto ingênuo do caboclo
    Caiu o santo do pau ôco
    Foge pro riacho,
    Foge que eu te acho sim
    Fulano se atirou da ponte aérea
    Não agüentou fila de espera
    Apertar os cintos,
    Preparar pra decolar
Nos chegam gritos da Ilha do Norte
    Ensaios pra Dança da Morte
    Tem disco pirata,
    Tem vídeo cassete até
    Agora a China bebe Coca-Cola
    Aqui na esquina cheiram cola
    Bio degradante
    Aromatizante tem