Olá amigos venho começar esse texto, falando dessa banda norte americana, que desde o início da década de 1970 vem compondo músicas que marcam gerações, isso desde o seu início até os dias atuais. A banda surgiu no oeste dos Estados Unidos, não fugindo da tradição de que nessa região sempre ocorre a descoberta de muitos talentos do rock, em solo americano, a cidade em questão São Francisco, no estado ensolarado da Califórnia. Formados inicialmente pelos integrantes Gregg Rolie (Teclado e Vocal), Prairie Prince (Bateria), Ross Valory (Baixo) e George Tickner (Guitarra), acabou sofrendo algumas alterações no decorrer do tempo na formação de seus integrantes, sendo atualmente a banda composta por Arnel Pineda nos vocais, Neal Schon na guitarra, que também participou do começo da banda, só que durante os anos saia e retornava da banda, Ross Valory no baixo, que assim como Neal sempre saia e volta ao grupo, Deen Castronovo na bateria, esse último incorporado desde 1998 e por fim Jonathan Cain no teclado.
A banda americana entrou nos anos 80 com muita força, motivada com um som pesado e sem dificuldades de adaptar-se ao momento, tópico de bandas americanas nesse período, com solos mais intensos na guitarra e bateria. O álbum de 1981, conhecido como Escape, possui a música mais conhecida da banda até hoje, a mundialmente famosa, Don't Stop Believin (Não Pare de Acreditar), sem dúvida alguma foi o carro-chefe do álbum, considerado predominantemente Rock Progressivo. Don't Stop Believing é a primeira faixa de Escape, porém incia o álbum com grande intensidade e leveza na voz. Seu videoclipe, iniciado com acordes de piano no teclado e seus integrantes trajando figurinos que ligavam sua estética a movimentos fortes dos anos 1970, como o hippie, por exemplo e que também marcou o início dos anos 1980, acabou dando continuidade a uma tendência social na época. O show da banda que ocorreu no Japão em 1981, foi gravado para ser a imagem em movimentos oficial do single, que particularmente acredito ter sido uma excelente opção, tanto no formato do vídeo, quanto da escolha da faixa a ser lançada como single, afinal resumem bem a ambigüidade que o ano de 1981 representava, contrastando com fortes ligações na área cultural e artística dos Hipies e em anos posteriores a fusão desse som com o New Romantic e o pós punk dos britânicos, que como os americanos e seu rock progressivo, identificavam-se em alguns aspectos. A interação do público japonês no vídeo também é algo a ser destacado, com seu jeito peculiar, acredito que esse foi o início da "ocidentalização" de sua sociedade, afinal por muitos anos, a comunidade japonesa era mais recolhida a integrar-se com outras culturas, porém hoje enxergamos o país asiático como nação bem versátil em questões culturais, assim como os países ocidentais, porém ainda preservando sua cultura típica, ou seja, mantendo suas tradições e conseguindo também integrar a sua cultura o modo ocidental de cultuar as artes. As câmeras para os padrões da época estavam bem localizadas, focando bem na energia e intensidade que o single provoca em seus integrantes e também no foco que é dado ao público presente, pois conhecemos como a sociedade japonesa é recatada, mas mesmo assim, de forma tímida, conseguiu interagir bem com a canção, ressaltando que o público no geral, seja ele ocidental ou oriental, naquele período eram raras as performances mais "agressivas" de se imporem perante o público, um dos fatos da banda terem se controlado no Japão. O single conseguiu grande destaque no mundo nas principais paradas de sucesso. Nos Estados Unidos mesmo, o single conseguiu atingir a 9ª posição no US Billboard Hot 100, no vizinho Canadá, conseguiu a 2ª posição pela Canadian Singles Chart. Os Europeus não foram muito receptivos, devido estarem excessivamente ligados ao Pós-Punk que determinava os ritmos por lá, mas mesmo assim Don't Stop Believing conseguiu ter uma boa performance, sendo 62º na UK singles Chart, 50º na Dutch Singles Chart e 43º na Swedish Single Chart. Todas essas posições foram conquistadas com esse trabalho, que sem dúvida, assim como eu sempre observo, contribuiu positivamente para a cultura dos anos 80, ser considerada, musicalmente e em demais situações a melhor década que existiu no século XX.
|
|||||||
Aldiéres Silva |