Lançado em 1979 pela Factory Records apenas como single, “Transmission” não foi lançado em nenhum dos dois álbuns de Joy Division, apenas anos mais tarde em coletâneas, como a icônica Substance. Produzido pelo mestre Martin Hannett, o resultado não poderia ter sido melhor! Graças ao direcionamento do produtor, a banda encontrou seu caminho e definiu seu estilo.
O single conta com “Transmission” no lado A e “Novelty” no lado B. Com a guitarra mais forte e mais marcada do que em “Transmission”, “Novelty” tem aquele som um pouco mais arranhado do rock da época. Embora seja menos cheia do que a outra, também é excelente! Acho que gosto de ambas na mesma proporção. Mas para falar a verdade a letra da segunda tem ainda mais significado, é mais profunda do que a de “Transmission”. Foi lançada uma versão dita como 12” em 1981, mas a única diferença é a capa. Ambas criadas por Peter Saville. Responsável pela maioria das capas de álbuns e singles lançados pela Factory, o designer se tornou uma lenda. E não é para menos, a criatividade e a estética estavam presentes na maioria de seus trabalhos. Embora não tenha alcançado nenhuma posição significativa nas paradas de maior destaque, como a britânica e a americana por exemplo,essa é provavelmente a música mais conhecida da banda. Depois de “Love Will Tear Us Apart”, é claro. O baixo – perfeito como sempre – de Peter Hook(sim, sou muito fãdele como músico, apesar dos pesares, rs), e o vocalde Ian Curtis (também perfeito, rs) combinaram perfeitamente com toda a atmosfera melancólica da música, de um jeito que só o Joy Division sabia fazer independentemente da letra.
A influência exercida em bandas de décadas posteriores é evidente e várias versões foram feitas. Um exemplo éa banda SmashingPumpkins, quechegou a fazer uma versão de “Transmission”, que aliás é muito boa!
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Natascha Coelho |