Verdade indiscutível: Uma das músicas mais lembradas dos anos 80 é "Boys Don't Cry" da banda inglesa The Cure! Escrita por Robert Smith, Michael Dempsey and Laurence Tolhurst foi o segundo single da carreira do grupo.
Lançada originalmente em 15 de junho de 1979, teve como “lado B” a canção “Plastic Passion” e arte de capa pelo próprio Robert Smith! Produzido por Chris Parry, integrou o álbum homônimo planejado especialmente para o mercado norte-americano, visando o aumento na exposição do trabalho fora do Reino Unido. Nessa época, na Inglaterra, “Boys Don´t Cry" foi divulgada somente como um single avulso, não fazendo parte de Three Imaginary Boys, álbum quase que concomitamente lançado por lá e com algumas canções a menos.
Não alcançou o sucesso esperado. Então, em 21 de abril de 1986, foi lançada uma nova versão, na qual a original foi remixada e vocais foram regravados. Com as músicas "Pill Box Tales" na versão 7" e "Do the Hansa" na 12 polegadas, e agora, com produção assinada por Dave Allen e pelo próprio Robert Smith, conquistou a posição número 22 nas paradas do Reino Unido. “Boys Don´t Cry" é uma música “angustiada”, pois reflete a dor de um rapaz que conhece uma garota, mas não a trata com carinho e a perde, logo na sequencia, anseia por ela, mas não quer aparentar vulnerabilidade, mantendo sua imagem durona, tentando disfarçar seu verdadeiro estado emocional, rindo e escondendo suas lágrimas, pois meninos não choram...
Na melodia, apresenta guitarra contagiante e, podemos dizer, até um certo sussurro de Robert Smith! Segundo o jornal inglês The Guardian, “Boys Don’t Cry” foi uma ponte que interligou estilos musicais: punk e new wave, e, segundo o vocalista, contém influência dos anos 60. Fato inegável: The Cure, um grupo com rótulo de "rock gótico" (pioneiro e um dos seus maiores representantes), foi responsável pelo primeiro grande sucesso do estilo alternativo, marcando a década de 80 eternamente!
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Damaris Camargo |