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      Todo Mundo Quer Amor  | 
  
 Todo mundo quer amor
    Todo mundo quer amor de verdade
    Uma pessoa boa quer amor
    Uma pessoa má quer amor,
    Quer amor de verdade
    Quem tem medo quer amor,
    Quem tem fome quer amor,
    Quem tem frio quer amor,
    Quem tem pinto saco boca bunda cu buceta quer amor
    Ele quer
    Ela quer
    Ele quer
    Ela quer
    Todo mundo quer amor de verdade
    
  
 Bebida é água.
    Comida é pasto.
    Você tem sede de que?
    Você tem fome de que?
    A gente não quer só comida,
    A gente quer comida, diversão e arte.
    A gente não quer só comida,
    A gente quer saída para qualquer parte.
    A gente não quer só comida,
    A gente quer bebida, diversão, balé.
    A gente não quer só comida,
    A gente quer a vida como a vida quer.
    Bebida é água.
    Comida é pasto.
    Você tem sede de que?
    Você tem fome de que?
    A gente não quer só comer,
    A gente quer comer e quer fazer amor.
    A gente não quer só comer,
    A gente quer prazer pra aliviar a dor.
    A gente não quer só dinheiro,
    A gente quer dinheiro e felicidade.
    A gente não quer só dinheiro,
    A gente quer inteiro e não pela metade.
    
  
 O inimigo sou eu,
    O inimigo é você.
    O inimigo é você,
    O inimigo sou eu.
    Às vezes você tem razão,
    Às vezes não.
    
  
 Alguma coisa aconteceu,
    Inevitável acidente,
    Rancor e ódio separam
    Corações e mentes.
    Alguma coisa aconteceu,
    Estupidez, incompreensão,
    Mulher e homem desejavam
    Violência e paixão.
    Não existe paz, não exite perdão,
    Eu não suporto mais violência e paixão,
    Não aguento mais viver dentro dessa prisão.
    Meu amor, minha guerra, eu erro e você erra.
    Todos são tão diferentes, corações e mentes.
    Tantos jovens adolescentes, corações e mentes.
    Você me tortura, mas
    Eu já não tenho forças pra reagir.
    Eu não tenho cura e
    Você já não tem forças pra fugir
    Da minha loucura.
    Corações e mentes, violência e paixão.
    O teu beijo é tão doce,
    O teu suor é tão salgado.
    O teu beijo é tão molhado,
    É tão salgado
    O teu suor.
    Às vezes acho que te amo,
    Às vezes acho que é só sexo.
    
  
 A vida até parece uma festa,
    Em certas horas isso é o que nos resta.
    Não se esquece o preço que ela cobra,
    Em certas horas isso é o que nos sobra.
    Ficar frágil feito uma criança,
    Só por medo ou por insegurança.
    Ficar bem ou mal acompanhado,
    Não importa se der tudo errado.
    Às vezes qualquer um faz qualquer coisa
    Por sexo, drogas e diversão.
    Tudo isso às vezes só aumenta
    A angústia e a insatisfação.
    Às vezes qualquer um enche a cabeça de álcool
    Atrás de distração.
    Nada disso ás vezes diminui
    A dor e a solidão.
    Tudo isso, ás vezes tudo é fútil,
    Ficar ébrio atrás de diversão.
    Nada disso, às vezes nada importa,
    Ficar sóbrio não é solução.
    Diversão é solução sim,
    Diversão é solução prá mim.
    
  
 A tua voz está cansada e rouca
    Pois não falamos pela mesma boca
    E o teu corpo então é gordo e calvo
    O teu lençol já não é limpo e alvo
    Não advinhas de quem és escravo
    Nem o que pode causar tal estrago
    Eu sei porque vives feliz e calmo
    É porque achas que estás são e salvo
    Tua mulher não quer criar teus filhos
    E tu não queres dividir teus grãos de milho
    E mesmo assim eis que aí vem de novo
    Tua parceira vai por mais um ovo
    Mas tu não sabes do que tenho fome
    Pois não nos chamam pelo mesmo nome
    E quando comes te redeiam moscas
    É porque usas sempre as mesmas roupas
    Mas se perderes tudo até as calças
    Só vão te dar algum caixão sem alças
    E quando enfim chegar a tua hora
    Não vão pôr flor ao pé da tua cova
    
  
 Jesus não tem dentes no país dos banguelas
    
  
 Querem me ensinar, querem me julgar pelo que eu fiz.
    Querem me julgar, querem me ensinar como se diz
    Mentiras!
    Querem me salvar, querem me curar do que eu não sofro.
    Querem me curar, querem me salvar, mas eu só ouço
    Mentiras!
    Eu não posso viver comigo, eu não posso fugir de mim.
    Eu não quero que gritem comigo, eu não quero que riam de mim.
    Eu não quero que falem, eu não quero que digam
    Mentiras!
    Querem me curar do que eu não sofro,
    Querem me julgar pelo que eu fiz.
    Querem me salvar, mas eu só ouço,
    Querem me ensinar como se fiz
    Mentiras!
    
  
 Os presos fogem do presídio,
    Imagens na televisão.
    Mais uma briga de torcidas,
    Acaba tudo em confusão.
    A multidão enfurecida
    Queimou os carros da polícia.
    Os preços fogem do controle,
    Mas que loucura esta nação!
    Não é tentar o suicídio
    Querer andar na contramão?
    Quem quer manter a ordem?
    Quem quer criar desordem?
    Não sei se existe mais justiça,
    Nem quando é pelas próprias mãos.
    População enlouquecida,
    Começa então o linchamento.
    Não sei se tudo vai arder
    Como algum líquido inflamável,
    O que mais pode acontecer
    Num país pobre e miserável?
    E ainda pode se encontrar
    Quem acredite no futuro ...
    Quem quer manter a ordem?
    Quem quer criar desordem?
    É seu dever manter a ordem,
    É seu dever de cidadão,
    Mas o que é criar desordem,
    Quem é que diz o que é ou não?
    São sempre os mesmos governantes,
    Os mesmos que lucraram antes.
    Os sindicatos fazem greve
    Porque ninguém é consultado,
    Pois tudo tem que virar óleo
    Pra por na máquina do estado.
    Quem quer manter a ordem?
    Quem quer criar desordem?
    
  
 Não sou brasileiro,
    Não sou estrangeiro.
    Não sou brasileiro,
    Não sou estrangeiro.
    Não sou de nenhum lugar,
    Sou de lugar nenhum.
    Não sou de São Paulo, não sou japonês.
    Não sou carioca, não sou português.
    Não sou de Brasília, não sou do Brasil.
    Nenhuma pátria me pariu.
    Eu não tô nem aí.
    Eu não tô nem aqui.
    
  
 Por que?
    Pra que?
    Em que
    Devo acreditar?
    Viver
    Sem armas pra lutar.
    Não crer,
    Não ser,
    Não ter
    Armas pra lutar.
    Não preciso ser alguém,
    Eu consigo viver sem
    Armas pra lutar.
    Prosseguir desarmado,
    Suportar desarmado,
    Desarmado, sem armas pra lutar.
    
  
 Garrastazu
    Stalin
    Erasmo Dias
    Franco
    Lindomar Castilho
    Nixon
    Delfim
    Ronaldo Boscoli
    Baby Doc
    Papa Doc
    Mengele
    Doca Street
    Rockfeller
    Afanásio
    Dulcídio Wanderley Bosquila
    Pinochet
    Gil Gomes
    Reverendo Moon
    Jim Jones
    General Custer
    Flávio Cavalcante
    Adolf Hitler
    Borba Gato
    Newton Cruz
    Sérgio Dourado
    Idi Amin
    Plínio Correia de Oliveira
    Plínio Salgado
    Mussolini
    Truman
    Khomeini
    Reagan
    Chapman
    Fleury
    
  
 O movimento começou, o lixo fede nas calçadas.
    Todo mundo circulando, as avenidas congestionadas.
    O dia terminou, a violência continua.
    Todo mundo provocando todo mundo nas ruas.
    A violência está em todo lugar.
    Não é por causa do álcool,
    Nem é por causa das drogas.
    A violência é nossa vizinha,
    Não é só por culpa sua,
    Nem é só por culpa minha.
    Violência gera violência.
    Violência doméstica, violência cotidiana,
    São gemidos de dor, todo mundo se engana...
    Você não tem o que fazer, saia pra rua,
    Pra quebrar minha cabeça ou pra que quebrem a sua.
    Violência gera violência.
    Com os amigos que tenho não preciso inimigos.
    Aí fora ninguém fala comigo.
    Será que tudo está podre, será que todos estão 
    vazios?
    Não existe razão, nem existem motivos.
    Não adianta suplicar porque ninguém responde,
    Não adianta implorar, todo mundo se esconde.
    É difícil acreditar que somos nós os culpados,
    É mais fácil culpar deus ou então o diabo.
"O crime é venerado e posto em uso por toda terra,
    De um pólo a outro se imolam vidas humanas.
    No reino de Zópito os pais degolam os próprios filhos,
    Seja qual for o sexo, desde que sua cara não lhes agrade.
    Os coreanos incham o corpo da vítima a custa de vinagre
    E depois de estar assim inchado, matam-no a pauladas.
    Os irmãos Morávios mandavam matar com cócegas''