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Por onde anda a Plebe Rude ?

Nos anos 80

Nos anos 80

Atualmente

Em 1981, o rock brasileiro dava os seus primeiros passos. Várias bandas, principalmente as de Brasília, traziam uma geração talentosa, criativa e ousada para época.

Além de Paralamas do Sucesso e Aborto Elétrico (que mais tarde daria origem a Capital Inicial e Legião Urbana), uma banda que fazia um estilo crítico social e político, dava as caras: Plebe Rude. Misturando gêneros como punk rock, pós-punk, new wave e flertando com a new romantic, este conjunto mostrava uma preocupação tanto na composição, quanto na elaboração dos arranjos de suas melodias. Letras fortes e pesadas, com um estilo politizado, mostrando a realidade de cada um de nós.

A verdade nua e crua do cidadão na socidade brasileira. Isto refletiu, sem dúvida, em toda aquela cultura punk num momento de ebulição, afinal, o país vivia sob o regime militar e em 1985, tomou outro rumo com a entrada da Nova República. Neste mesmo ano, a Plebe Rude lança o seu primeiro álbum: ''O Concreto Já Rachou'' (EMI), o carro-chefe deste Lp, foi a música ''Até Quando Esperar''...um hit sensacional, que faz parte da seleção de nacionais na pista Autobahn, com a galera se acabando de tanto cantá-la e dançá-la. Som de primeira qualidade!...destaque também para a música ''Proteção'', outro sucesso. Essas duas faixas, tiveram os seus video clipes assim que foram lançadas.


Logo após esta estréia fenomenal, vieram dois novos trabalhos na sequência: ''Nunca Fomos Tão Brasileiros''(1987) e ''Plebe Rude III"(1988). A partir daí, houve um hiato do grupo, ficando cinco anos sem gravarem. Ainda mais com enfraquecimento do gênero no início dos anos 90, as gravadoras passaram a se preocupar mais com o retorno comercial do que propriamente no sucesso do produto, não se viu mais bandas como essa.

A liberdade de criação, a originalidade, as letras e as idéias foram extintas. O retorno aconteceu somente em 1993 com o lançamento do disco ''Mais Raiva Do Que Medo'', até o casamento com a EMI, havia se diluído durante esse período.

Agora estavam numa outra gravadora: Natasha Records/ Sony Music. Porém, novamente veio um período de ostracismo mais longo do que o primeiro: 13 anos afastados do estúdio. Enquanto isso, foram lançadas coletâneas pela EMI: ''Portfólio''(1997), ''Preferência Nacional''(1998), ''Para Sempre''(2001), ''Identidade''(2002) e um CD duplo: ''2 em 1''(O Concreto Já Rachou e Nunca Fomos Tão Brasileiros). Voltaram em 2006 com ''R ao Contrário''(Independente/Outra Coisa). Seis anos antes, um álbum ao vivo: ''Enquanto a Trégua Não Vem'' pela Abril Music. Neste ano, comemoram 30 anos de carreira, com o lançamento do CD/DVD: ''Rachando o Concreto Ao Vivo - Plebe Rude 30 anos" pela Coqueiro Verde.


Atualmente

Curiosidades

No final da década de 70 e ínicio dos anos 80, houve a Turma da Colina, que era um grupo de bandas de rock brasilienses, formadas pelo Aborto Elétrico e a própria Plebe Rude. A Colina era um conjunto de prédios habitacionais localizados na UNB(Universidade de Brasília), uma espécie de República dos Estudantes. Aonde os principais integrantes dessa trupe eram Dinho Ouro-Preto, Renato Russo, Fê Lemos e Flávio Lemos;

Os dois primeiros Lps da Plebe foram produzidos por Herbert Vianna (vocalista dos Paralamas do Sucesso);

Formação originial: Phillipe Seabra (guitarra e voz), Gutje (bateria), André X (baixo) e Jander Bilaphra (guitarra);

Em 2003, Gutje e Jander Bilaphra deixam a Plebe, que volta na forma definitiva, sendo substituídos por Clemente (vocalista dos Inocentes) e Txotxa (ex-integrante do Maskavo Roots);

Em 2009, além de gravarem o CD/ DVD de 30 anos de estrada, assinam posteriormente com uma nova gravadora em 2010, a Coqueiro Verde. Aliás, este projeto estará sendo lançado no primeiro trimestre de 2011.

Integrantes:

Phillipe Seabra: nasceu em Washington DC, EUA e foi o criador da Plebe Rude. Vivendo hoje em Nova York, o músico tem uma banda Daybreak Gentleman;

Gutje: a única notícia que se tem desse baterista é que depois do rompimento com o grupo, mora no Rio de Janeiro;

André X: além de ser baixista da Plebe, é formado em arquitetura, se tornou blogueiro e também DJ nas horas vagas;

Jander Bilaphra: continua na música, porém com participações especiais, vide o CD ''Combate Rock" - O Grande Encontro do Rock (gravadora Rockit!) em 2001.

Está prevista também o lançamento de uma biografia relatando toda a história do grupo e ainda tiveram uma música na trilha do filme nacional ''Federal''(2010) com Selton Mello. Fizeram uma versão em inglês da faixa ''A Ida'' do álbum ''Nunca Fomos Tão Brasileiros'', intitulada agora como ''The Wake''.

Boas novidades sobre esta banda maravilhosa dos anos 80, que apesar da queda em meados da década passada, voltou com tudo e continua na ativa. O Concreto continua rachando...rs!

Marco Paulo Vieira
01/03/2011

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